Policiais militares abordaram a mulher próximo ao posto onde ela trabalha, revistaram sua bolsa e encontraram o material dentro de uma garrafa com gelo. A mulher foi autuada em flagrante pelo crime de peculato, que prevê pena de 2 a 12 anos de prisão, além de multa.
Segundo a Polícia Civil, em depoimento a técnica afirmou que a dose era uma combinação de sobras de aplicação da vacina Coronavac e que o imunizante seria aplicado em seu marido. Segundo ela, a prática de aproveitar os restos de vacinas é comum nos postos para não desperdiçar o material.
Cada frasco da vacina tem uma pequena reserva de segurança para garantir a dose correta. De acordo com a Secretaria de Saúde do município de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, o reaproveitamento das sobras, no entanto, pode trazer riscos, porque não há eficácia comprovada da efetividade do imunizante após o procedimento.
A técnica afirmou que o procedimento teve o aval da supervisora do posto. A Polícia Civil investiga se houve a participação de outras pessoas e se o fato ocorreu mais vezes.
A Prefeitura de São Gonçalo afirmou, em nota, que já afastou a técnica de enfermagem e a supervisora da unidade. Uma sindicância será aberta para apurar a conduta das servidoras, que poderão ser demitidas. Segundo a nota, trata-se de um fato isolado.
Segundo município mais populoso do Rio de Janeiro e o 16º do país, São Gonçalo tem 1.091.737 habitantes, segundo dados de 2020 do IBGE. O município registrou 67.054 casos confirmados de Covid-19 e 1.735 mortes. Há relatos de outros casos no estado. Uma enfermeira de Barra Mansa (SRJ) está sob investigação sob suspeita de infração durante aplicação de vacina.
Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver que a agente de saúde deixa uma seringa dentro de uma caixa e, em fração de segundos, retira o que parece ser outra seringa. Não há informação sobre a data exata em que o vídeo foi feito nem sobre a identidade da enfermeira.
Em São Paulo, por causa de relatos de falhas na aplicação de vacinas, os protocolos foram reforçados para dar mais transparência ao processo e reduzir a desconfiança da população. Em Maceió, uma funcionária da prefeitura chegou a ser afastada após ser flagrada aplicando a vacina sem apertar o êmbolo –o que, na prática, inviabiliza a aplicação.
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