Um dia após a notícia da morte de uma mulher grávida que teria morrido após tomar a vacina da Oxford/Astrazeneca um questionamento ficou no ar. Quem já tomou a primeira pode completar com a segunda?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde emitiram uma nota orientando a suspensão da aplicação da vacina da AstraZeneca/Fiocruz em gestantes. A orientação ocorreu após a morte da mulher de 35 anos, vítima de acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico com plaquetopenia que é a formação de coágulos no sangue associados a um quadro de diminuição de plaquetas.
O caso está sendo investigado e pode ter uma possível relação com a aplicação da vacina da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz contra a Covid-19.
A AstraZeneca afirmou, em comunicado, que as mulheres que estavam grávidas ou amamentando foram excluídas dos testes da vacina contra a Covid-19.
“Esta é uma precaução usual em ensaios clínicos”, informou a empresa, que ressaltou: “Os estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos no que diz respeito à gravidez ou ao desenvolvimento fetal”.
Mas, afinal, o que devem fazer as grávidas que já tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca?
Segundo apurou a reportagem do jornal Extra, a ocorrência de plaquetopenia e eventos tromboembólicos são eventos considerados raros. A recomendação é que as gestantes que tomaram a primeira dose recebam acompanhamento médico e fiquem atentas a sintomas não habituais, como piora no estado geral, febre e sudorese. Nestes casos, diz Agnaldo Lopes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a gestante ou puérpera deve buscar ajuda médica.
Grávidas que tomaram a primeira dose da AstraZeneca devem tomar a segunda?
Ainda não há resposta ou recomendação para isso. O Ministério da Saúde deve dar mais detalhes, em nota técnica a ser publicada nos próximos dias e orientações para as que já receberam a primeira dose. Alguns estados suspenderam temporariamente a aplicação da segunda dose da AstraZeneca em gestantes. Aqui no Pará, Ananindeua e Marituba seguiram a recomendação da Anvisa e Ministério da Saúde e decidiram pela suspensão. Já especialistas divergem se é recomendado ou não aplicar a segunda dose. Por isso, é importante esperar a orientação do ministério.
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