Bruno Covas, que emergiu como prefeito da maior cidade do país pregando a moderação em um cenário político ultrapolarizado, morreu neste domingo (16) aos 41 anos em São Paulo em decorrência de um câncer descoberto em 2019. Relembre os principais momentos da vida e do tratamento de saúde do político.
Nascimento
Nasce em Santos, em 7 de abril de 1980, Bruno Covas Lopes, filho de Pedro Mauro Lopes e Renata Covas. O avô materno é Mário Covas, que teve o mandato de deputado cassado ela ditadura e que depois seria prefeito, senador e governador de SP (1995-2001)
Nova casa
Em 1995, vai morar com o avô, na capital paulista, para cursar o ensino médio
Primeiros passos
Filia-se em 1998 ao PSDB, partido do qual seu avô foi cofundador, e é eleito no ano seguinte o primeiro-secretário da Juventude do partido. Com vistas à carreira política, forma-se em 2002 na Faculdade de Direito da USP e, em 2005, em economia na PUC
Herança
Torna-se presidente estadual do PSDB em 2003 e, quatro anos mais tarde, assume nacionalmente a Juventude Tucana, cargo que ocuparia até 2011. O avô seria uma referência constante em sua vida política
Casamento e filho
Casa-se em 2004 com a colega de faculdade Karen Ichiba, com quem tem Tomás, nascido em agosto do ano seguinte. O casal se separa em 2014. Durante sua gestão na prefeitura, Bruno teria o filho como companheiro constante
Primeira eleição
Pelo PSDB, candidata-se a vice-prefeito de Santos, concorrendo na chapa de Raul Christiano em 2004, derrotada
Assembleia
Após um período trabalhando com os tucanos Geraldo Alckmin e Cláudio Lembo no governo de SP, elege-se deputado estadual em 2006. Reelege-se em 2010, o deputado mais votado na Assembleia, mas se licencia para assumir a Secretaria do Meio Ambiente
Vice de Doria
Renuncia em 2016 ao cargo de deputado federal, assumido em 2014, para ser vice de João Doria na disputa pela Prefeitura de São Paulo. A chapa vence em 1o turno, e Covas acumula as secretarias das Prefeituras Regionais e da Casa Civil. Nesse período, passa por transformação pessoal: perde peso, adota um visual jovial e se exercita assiduamente
Prefeitura
Após a renúncia de Doria, em abril de 2018, para disputar o governo paulista, Bruno Covas assume a prefeitura de São Paulo. Depois de receber críticas por estar ausente do cargo quando a cidade enfrentava uma grande enchente, tenta fazer da zeladoria sua marca. Sua gestão acabaria marcada, porém, pelo combate à pandemia de coronavírus
Câncer
Após detectar, nove dias antes, uma infecção na perna e continuar se sentindo mal, é anunciado o diagnóstico de câncer no trato digestivo com metástase, em 28 de outubro de 2019. O prefeito começa a quimioterapia em seguida
Reeleição
Aos 40, em 29 de novembro de 2020, é reeleito prefeito da capital paulista para o mandato 2021-2024. Seu vice é Ricardo Nunes (MDB), ligado a creches suspeitas de corrupção, escolhido para aumentar a coligação de campanha
Tratamento Diagnóstico
Após receber o diagnóstico de câncer no trato digestivo com metástase no fígado, inicia a quimioterapia no fim de 2019 sem se afastar de suas funções na prefeitura
Imunoterapia
O tratamento quimioterápico tem bons resultados e faz desaparecer parte dos tumores, mas não é suficiente para conter doença. No fim de fevereiro de 2020, ele passa a fazer imunoterapia
Radioterapia
Em do ano passado, os médicos afirmam que ele está clinicamente bem e que faria sessões de radioterapia
Novo nódulo
Após dez dias de afastamento da prefeitura por dez dias para nova etapa de tratamento no mês anterior, recebe diagnóstico de novo nódulo no fígado em fevereiro deste ano e retoma a quimioterapia
Metástase óssea
Boletim divulgado em em 16 de abril de 2021 revela o surgimento de novos focos de câncer no fígado e ossos. Em rede social, o prefeito escreve: 'Vou seguir lutando'
Piora
Seu quadro se agrava, com acúmulo de líquido no tórax e abdôme. Ele passa a receber alimentação intravenosa
Intubação
Um dia após anunciar que se licenciaria do cargo, é internado na UTI do Sírio-Libanês e intubado em 3 de maio de 2021 após exames revelarem um sangramento no local do tumor inicial. Um dia depois, tem alta da UTI, mas segue internado
Quadro irreversível
No dia 14 de maio, um boletim médico da equipe que acompanhava Bruno Covas afirma que seu quadro é irreversível e que o prefeito recebia analgésicos e sedativos e estava acompanhado de seus familiares.
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