Os primeiros registros oficiais da cepa indiana (B.1.617.2) do novo coronavírus, no Brasil, foram registrados no Maranhão, acendendo alerta das autoridades brasileiras sobre uma possível disseminação da nova variante da Covid-19.

A variante B.1.617 da Covid-19 tem se alastrado na Índia, provocando números recordes de infecções e óbitos. Mais de 22 milhões de indianos já contraíram o novo coronavírus, e as mortes diárias estão em torno de 4.000. Segundo a OMS, a cepa indiana é motivo de "preocupação global" e no Brasil não é diferente.

A preocupação aumenta porque outro Estado do Nordeste começou a monitorar um caso suspeito da variante indiana do Coronavírus: o possível novo caso é de um paciente de Fortaleza, no Ceará. 

De acordo com a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), nesta sexta-feira (21), foi recebida, em 17 de maio de 2021, notificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre um caso suspeito da variante indiana da Covid-19 (SARS-CoV-2 B.1.617) em Fortaleza.

A nota afirma que, no dia seguinte, agentes da Sesa realizaram visita técnica ao local de isolamento do viajante, com equipes técnicas da Vigilância Sanitária do Estado e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), além de equipe de Epidemiologia do Município de Fortaleza.

O caso é de um passageiro vindo da Índia que desembarcou de avião na capital cearense, no último dia 9 de maio, e seguiu direto para o isolamento preventivo, permanecendo sem sintomas.

O homem, de 35 anos, trabalha no ramo marítimo e segue rígido protocolo da empresa. Ele teve resultado positivo para Covid-19, obtido por meio de dois exames RT-PCR nos dias 10 e 11 subsequentes. No dia 18 de maio, o viajante fez novo teste, que, desta vez, deu negativo para a doença. Ele permanece isolado em hotel que atende aos protocolos de biossegurança.

O passageiro viajou da Índia para Fortaleza acompanhado de um colega de empresa que fez exames nos dias 10 e 12 de maio, mas teve resultado negativo em ambos. O acompanhante também segue sem sintomas.

A Sesa informou, ainda, que monitora o isolamento do paciente e acompanha as análises dos exames e laudos laboratoriais para rastreio de variante por meio de vigilância genômica, feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com previsão de resultado até o fim deste mês. 

Foto: Reprodução

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