Sempre crítico de diversas medidas restritivas para conter o contágio da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro costuma realizar diversas aglomerações com seus seguidores, sempre sem o uso de máscaras. Mas um desses encontros recentes voltou a ser polêmica, dessa vez não apenas por uma questão de Saúde Pública, mas também econômica.

O feriado de Carnaval, quando Bolsonaro curtiu quatro dias de descanso, de 8 a 17 de fevereiro, em São Francisco do Sul, no litoral de Santa Catarina, foi pago com dinheiro dos cofres públicos.

Hospedagem, alimentação e passagens aérea dele e se sua equipe custaram R$ 1.790.003,92. Essas informações vieram a público após requerimento assinado pelos deputados federais Elias Vaz, do PSB de Goiás, e Rubens Bueno, do Cidadania do Paraná. 

Assinado pelo ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, o ofício n° 84/2021/SE/GSI/GSI/PR, mostra um valor de custo de US$ 189 mil, o equivalente a R$1.013.418, com transporte aéreo do presidente e da comitiva dele (a conversão foi feita pela cotação do dólar no período da viagem). Já com as passagens aéreas e diárias do GSI, o gasto total informado foi de R$74.520,26.

Já o ofício n° 412/2021/SG/PR/SG/PR, da Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral da Presidência da República, mostram que as despesas com cartão corporativo das férias de Bolsonaro foram de R$702.065,66, incluindo diárias, transporte e até despesas com telefone.

Aglomeração foi o que não faltou no carnaval do presidente.
📷 Aglomeração foi o que não faltou no carnaval do presidente. |Reprodução/ Facebook – São Chico Online

"É uma vergonha! No Carnaval, o Brasil passava de 242 mil mortos por Covid e, enquanto isso, Bolsonaro torrava dinheiro público com lazer”, destacou Vaz.

O período de férias anterior de Bolsonaro para São Francisco do Sul (SC) e no Guarujá (SP), entre 18 de dezembro de 2020 e 5 de janeiro deste ano, custou aos cofres públicos R$ 2.452.586,11.

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