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"Brasil teria sido primeiro a vacinar", diz Covas em CPI

Dimas Covas ressaltou que o Brasil poderia ter sido o primeiro na imunização, destacando que o Butantan fez três propostas ao Ministério da Saúde.

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Imagem ilustrativa da notícia "Brasil teria sido primeiro a vacinar", diz Covas em CPI camera Diretor do Instituto Butantan, dimas Covas, foi um dos ouvidos na CPI da Covid. | Reprodução

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid foi criada com o objetivo de apurar se houve falhas por parte do Governo Federal no enfrentamento da pandemia. As informações são da CNN.

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Desta vez, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, que está à frente do Instituto desde 2017, será ouvido na CPI da Covid.

Covas, que é professor titular de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, foi o responsável, em junho de 2020, pelo acordo de colaboração firmado com a farmacêutica chinesa Sinovac para o desenvolvimento clínico do imunizante contra o novo coronavírus.

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É o Butantan, o responsável pela produção no Brasil da Coronavac, vacina contra a covid-19 mais aplicada até o momento nos brasileiros, sendo equivalente a cerca de 70% das doses até a metade do mês de maio.

Brasil poderia ter sido o primeiro na imunização

Segundo Covas, em afirmação aos senadores na CPI, disse que o Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a começar a imunização contra o novo coronavírus se "houvesse uma agilidade de todos os atores" trabalhando em conjunto.

O diretor do Butantan ressaltou ainda, que no mundo, a vacinação iniciou no dia 8 de dezembro e que no final do mês, haviam sido "aplicadas pouco mais de 4 milhões de doses no mundo e nós tínhamos 5,5 milhões [prontas e estocadas], sem contrato com o Ministério".

Covas ressaltou que o Brasil poderia ter iniciado a vacinação antes, já que haviam doses disponíveis, se "não fossem os percalços que tínhamos que enfrentar nesse período, tanto do ponto de vista do contrato como do ponto de vista regulatório."

Butantan fez 3 propostas ao Ministério da Saúde

Dimas afirmou ainda, que o Butantan chegou a fazer três propostas em 2020 para o fornecimento da Coronavac ao Ministério da Saúde: em julho, em agosto e em outubro.

Ele disse que em julho foram ofertados 60 milhões de doses, com entregas previstas para o último trimestre de 2020. Depois, em outubro, a oferta foi ampliada para 100 milhões de doses, sendo que 45 milhões seriam produzidas no Butantan até dezembro de 2020, 15 milhões até fevereiro de 2021 e o restante até maio.

"Tudo aparentemente estava indo muito bem, tanto que em 20 de outubro fui convidado pelo [ex-]ministro [Eduardo] Pazuello para uma cerimônia no Ministério da Saúde em que a vacina seria anunciada como uma vacina [do PNI], com a incorporação de 46 milhões de doses", disse Covas.

No entanto, segundo o diretor do Butantan, no dia seguinte, "as conversações adicionais não seguiram porque houve uma manifestação do presidente da República [Jair Bolsonaro] dizendo que a vacina não seria incorporada."

Falta de insumos

Recentemente, o Instituto Butantan paralisou o envase do imunizante no país por falta de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado da China.

Para os senadores, as crises diplomáticas com a China, provocadas por declarações do presidente, estão prejudicando o envio do IFA e atrasando a produção da vacina no país.

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