O Cristo Redentor é o principal cartão-postal do Rio de Janeiro. Inaugurado em 12 de outubro de 1931, a estátua de braços abertos para a Baía de Guanabara. Com 38 metros de altura (incluindo o pedestal de 8 metros) e 1.145 toneladas, a atração turística está localizada no alto do morro do Corcovado e foi eleita uma das 7 maravilhas do mundo. Todos os anos, mais de 1 milhão de pessoas visitam o ponto turístico.
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Nesta semana, a revista britânica The Economist publicou uma edição especial sobre o Brasil, intitulada “A década sombria do Brasil”. Entre os assuntos, está uma série de críticas ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) e à maneira que o país lida com a pandemia da Covid-19.
A nova edição só chegou à internet nesta quinta-feira (3), mas parte do material especial sobre Brasil da revista The Economist já circulava em mídia social, em perfis de mercado financeiro, um dia antes.
Traz mais uma vez a imagem alterada do Cristo Redentor na capa regional, voltada à América Latina -mas não na capa principal, para o resto do mundo, que aborda "A nova geopolítica dos negócios" dominada por empresas dos EUA e da China. Agora a estátua no Corcovado respira com tubo de oxigênio, na pandemia.
Em editorial com o título "A década sombria do Brasil", a revista afirma que "Bolsonaro não é a única razão pela qual seu país está num buraco", opinando que "o sistema político que o ajudou a conquistar o cargo precisa de uma reforma profunda".
O caderno especial, com dez páginas produzidas pela correspondente Sarah Maslin, aborda tópicos como economia, corrupção, Amazônia e as perspectivas para o Brasil.
No texto de abertura, "O capitão e seu país", Maslin destaca que "o Brasil está retrocedendo" e avalia que "Bolsonaro e Covid-19 são só os mais recentes em uma década de desastres". Em suma, "o Brasil está enfrentando sua maior crise desde o retorno à democracia em 1985".
Sobre economia, com o título "Um sonho adiado", afirma que, "Após uma geração de progresso, a mobilidade social está diminuindo". Fechando o caderno, com foto associando Bolsonaro a Hitler, diz que é "Hora de ir" e "o futuro depende das eleições" do ano que vem.
Reafirma que é preciso reformas, combater corrupção, defender a Amazônia, "mas será difícil mudar o rumo do Brasil enquanto Bolsonaro for presidente. A prioridade mais urgente é tirá-lo pelo voto".
O caderno coincide com a promoção de um evento sobre o país, pela Economist, na semana que vem.Alterar a imagem do Cristo Redentor é recurso que já foi usado outras vezes pela revista, sendo duas capas mais lembradas (acima): "O Brasil decola", de 2009, no governo Lula, e "O Brasil estragou tudo?", de 2013, no governo Dilma Rousseff.
Elas também se basearam então em cadernos especiais sobre o país, cada um com 14 páginas.
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