A evolução do mundo digital trouxe ao mundo a existência de milhares de canais de vídeo, principalmente em plataformas como Youtube, que logo se transformaram na “nova televisão” de milhões de pessoas conectadas pela internet. Nessa rede existe de tudo, mas nem tudo é informação.

Atualmente os dispositivos de controle de dados conseguem, com muito trabalho, rastrear muitos dos canais que desinformam seus seguidores, disseminando notícias falsas com algum objetivo, quase sempre político. A própria Google entrou no combate às notícias falsas.

Recentemente, a empresa de tecnologia enviou dados sigilosos à CPI da Covid e o resultado é alarmante. A Google forneceu uma lista de 385 vídeos removidos pelo Youtube ou deletados pelos próprios usuários, no caso quando eles descobriam que estavam sendo investigados.

A empresa considera que os canais identificados, a maioria de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, são disseminadores de notícias falsas sobre formas de tratamento para a covid-19 ou a pandemia. A listagem foi acompanhada de quanto cada publicação rendeu aos donos dos canais até saírem do ar.   

Apoiador do atual governo, Alexandre Garcia lidera a lista, com 126 vídeos tirados do ar por ele próprio ou pela plataforma. Os vídeos lhe renderam quase R$ 70 mil em remuneração pela audiência e publicidade. Gustavo Gayer (R$ 40 mil), Notícias Política BR (R$ 20,7 mil), Brasil Notícias (R$ 17,7 mil), completam as primeiras colocações. Ao todo, os usuários ganharam US$ 45 mil, o equivalente a R$ 230 mil.

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