A motociata liderada por Jair Bolsonaro, em São Paulo, no sábado (12), não foi a maior do mundo e nem de longe chegou a 1,3 milhões de veículos, como dizia em uma informação falsa que circulou pela internet neste começo da semana. Muito menos entrou para o Guiness World Records, o livro dos recordes.
Além disso, a organização do Guiness enviou nota à Folha de S. Paulo dizendo que não certifica recordes de natureza política e esclarece que nem permitiu a utilização do nome ou de serviços da marca para o evento.
“Não aceitamos candidaturas a recordes que consideremos politicamente motivadas, e reservamos o direito de rejeitar ou cancelar uma candidatura, caso consideremos promoção de uma agenda política”, diz a nota.
“Como este evento [motociata] teve uma motivação política, não permitimos qualquer utilização do nosso nome, plataforma ou serviços”, reforça a organização.
De acordo com o governo do Estado de São Paulo, o evento contou com 12 mil motocicletas. Número muito, mas muito inferior ao que foi divulgado por alguns apoiadores do presidente na fake news, que seria 1,3 milhão de veículos.
Além disso, o dado supera a frota total de motocicletas da cidade de São Paulo, que é de 1.217.655 unidades em 2020, de acordo com o Ministério da Infraestrutura.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo explica que a estimativa de público na manifestação é medida com ajuda de recursos de mapa e georreferenciamento, a partir de imagens aéreas.
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