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CPI DA COVID AO VIVO

Irmãos Miranda podem mostrar provas que complicam Bolsonaro

Você pode assistir a sessão da CPI desta sexta ao vivo a partir de 14h aqui no DOL!

Imagem ilustrativa da notícia Irmãos Miranda podem mostrar provas que complicam Bolsonaro camera Reprodução

Personagens centrais da denúncia de um suposto esquema de corrupção na compra da vacina Covaxin, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Fernandes Miranda, devem levar à CPI da Pandemia nesta sexta-feira (25) uma troca de e-mails que indicam que o governo Jair Bolsonaro teria insistido no contrato para a compra do imunizante indiano mesmo após o parlamentar ter relatado o processo suspeito ao próprio presidente.

A CNN teve acesso à troca de mensagens entre a Precisa Medicamentos, representante da Covaxin no Brasil, e o Ministério da Saúde sobre a autorização excepcional de importação da vacina produzida pela Bharat Biotech.

Assista a CPI:

No dia 23 de março, um técnico da pasta responde a um e-mail da Precisa sobre a autorização, com a inscrição “*URGENTE*”. Na mensagem, ele diz, após a análise da nota fiscal (invoice) apresentada pela empresa, “faz-se necessário a adequação da documentação”.

No mesmo dia, mais tarde, após receber a resposta da Precisa, o técnico da Saúde envia nova mensagem à empresa, afirmando que, “após observar a documentação, observei que está com a informação 100% advanced payment (pagamento antecipado)” e diz, então, que o contrato “não prevê pagamento antecipado”. “A modalidade é ‘Póstecipado’”, escreve.

Ele também alerta que os valores de frete e do seguro “divergem do contrato” e escreve: “Peço a gentileza que observe o valor unitário de 15.00 US$ do produto, bem como o valor do frete e seguro. Esse valor não pode ser alterado”.

Os irmãos Miranda vão dizer aos senadores que, apesar de o alerta a Bolsonaro ter sido feito no dia 20 de março, o governo decidiu manter as negociações com a Precisa, ao invés de levar o caso, imediatamente, à Polícia Federal. As mensagens, segundo a versão a ser apresentada pelo deputado e seu irmão à CPI da Pandemia, indicariam prevaricação.

A versão apresentada pelo deputado até aqui fez com o governo passasse a cogitar a rescisão do contrato assinado em fevereiro para o fornecimento de 20 milhões de doses do imunizante produzido pela Bharat Biotech. A aliados, Miranda tem dito que o movimento tardio do governo dá ainda mais força a sua tese de que a denúncia não foi levada adiante.

Neste momento, o contrato da Precisa Medicamentos com o governo federal está sendo analisado pela consultoria jurídica do Ministério da Saúde e pela CGU (Controladoria-Geral da União). Só após a finalização dos pareceres, o governo tomará uma decisão sobre a aquisição da Covaxin.

Procurada pela CNN, a Precisa disse estar à disposição da CPI e dos órgãos de controle para prestar esclarecimentos. A empresa, representante formal do laboratório indiano no Brasil, afirmou também que “detectou erro material no preenchimento de um invoice enviado ao Ministério da Saúde, que foi corrigido 20 minutos depois”. E acrescenta dizendo que “seguiu irrestritamente todos os processos de governança nas interlocuções com as autoridades sanitárias brasileiras e representantes do Ministério da Saúde”.

Procurado, o Ministério da Saúde disse que o assunto está sendo tratado pela Secretaria de Comunicação da Presidência, que ainda não se manifestou.

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