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PROTESTO

Vídeo: estátua é queimada em SP por homenagear genocida

Um grupo chamado Revolução Periférica assumiu a autoria do incêndio. Em vídeo, membros aparecem subindo no monumento com pneus, aos quais atearam fogo depois.

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Imagem ilustrativa da notícia Vídeo: estátua é queimada em SP por homenagear genocida camera Reprodução/Twitter

A história brasileira é repleta de momentos gloriosos, mas também possui diversas passagens manchadas por sangue de inocentes. Alguns grupos tentam promover uma releitura da história nacional, tentando dar uma nova abordagem sobre atos de figuras histórias, que são representadas como "heróis", mas que cometeram atos terríveis e cruéis para se destacar.

A estátua do bandeirante Borba Gato foi incendiada no início da tarde deste sábado (24), em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo. O fogo foi controlado pouco depois.

Um grupo chamado Revolução Periférica assumiu a autoria do incêndio. Em vídeo, membros aparecem subindo no monumento com pneus, aos quais atearam fogo depois.

Nas rede sociais, em vídeo postado no dia 14 de julho, um dos membros do grupo afirma que Borba Gato contribuiu ativamente para o genocídio da população indígena.

O monumento, assinado pelo escultor Júlio Guerra, é alvo frequente de críticas de grupos que defendem a retiradas de homenagens que exaltam pessoas ligadas ao passado brasileiro marcado pela escravidão, a colônia e a ditadura.

No ano passado, a ameaça de uma possível derrubada da estátua, que possui cerca de 13 metros de altura com o pedestal, fez com que a subprefeitura de Santo Amaro solicitasse a instalação de gradis ao redor do bandeirante, além de o monumento ter sido vigiado 24 horas por dia pela Guarda Civil Metropolitana durante o período.

Em 2016, a estátua recebeu um banho de tinta. Na mesma ocasião, os responsáveis também pintaram o Monumento às Bandeiras, localizado em frente ao Parque do Ibirapuera.

O debate em torno da retirada de monumentos em São Paulo é antigo, mas se intensificou na esteira dos protestos contra o racismo que ocorreram em junho de 2020, após a morte do americano George Floyd.

Cidades pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido retiraram estátuas que faziam homenagens a pessoas

ligadas à escravidão e outros temas sensíveis para os países. Nomes de ruas, prédios e bares foram alterados.

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