A audiência de conciliação trabalhista é o ato em que o juiz age como um conciliador, presidindo-a e auxiliando as partes a chegarem a um acordo, pondo fim ao conflito judicial. Ela é considerada um dos principais atos do processo, já que oferece oportunidade das partes serem ouvidas pessoalmente, frente a frente.
No momento da audiência, a postura do magistrado, assim como de todos os envolvidos, é fundamental manter a boa conduta da negociação e uma possível conciliação. Porém nem sempre o comportamento do magistrado que conduz a reunião entre as partes é o mais adequado.
Um exemplo disso é o caso de um juiz trabalhista que mandou um advogado "ir para o infenro" durante audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região, em Vitória, capital do Estado do Espírito Santo. As ofensas ocorreram na última segunda-feira (16).
O magistrado José Roberto Ferreira de Almada se alterou após determinar o arquivamento do processo e ouvir que o defensor buscaria a anulação do mesmo. "Ok, excelência, então a gente anula o processo", disse o advogado Edson Lourenço Ferreira.
O magistrado respondeu imediatamente, gesticulando com a mão. "Ah, vai anular onde o doutor quiser, vai pro inferno", afirmou o juiz.
A confusão foi registrada no momento em que um acordo trabalhista era discutido. O juiz afirmou que não estava entendendo o valor proposto para o acordo feito pela defesa da trabalhadora, que pediu R$ 5 mil. O magistrado também teria questionado a ausência da reclamante na videoconferência.
O juiz foi avisado que a trabalhadora iria entrar na audiência e, ainda assim, decidiu arquivar o processo. O advogado denunciou a situação para a Corregedoria do Tribunal e requereu a abertura de processo administrativo disciplinar contra a o magistrado.
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