O medo de ir ao dentista é comum em muitas pessoas. Mais especificamente, a broca usada por eles causa ainda mais tensão naqueles que não são muito amantes dos tratamentos dentários. E um incidente insólito com essa ferramenta odontológica tem potencial para atormentar a mente dos pacientes já temerosos.
No último dia 26 de julho, Iolanda Mariano de Melo Simplício, de 55 anos engoliu uma broca durante a extração de um dente. O caso aconteceu em uma unidade de saúde de Lajes, Região Central do Rio Grande do Norte. Aagora, a paciente está com o objeto alojado no pulmão.
O filho de Iolanda, Rohnhalyson Mariano, conta que a mulher sente muitas dores e que já perdeu 10 quilos após o ocorrido.
"A Secretaria Municipal de Saúde nos deu assistência para a realização dos exames. A gente foi para Natal inúmeras vezes com ela para fazer tomografia, raio-x, hemograma, risco cirúrgico, mas até agora nada. Já são quase 29 dias e praticamente não temos resposta. A gente quer uma solução, porque é um corpo estranho que está dentro do pulmão dela", conta o filho.
CIRURGIA
De acordo com a Prefeitura de Lajes, a cirurgia de Iolanda foi marcada para 11 de agosto, mas não ocorreu, pois um dos equipamentos necessários para o procedimento quebrou. O município diz que se prepara para realizar o procedimento na rede particular. O executivo do município disse que analisa os orçamentos e que vai pagar pela cirurgia de retirada do objeto do pulmão da mulher.
A prefeitura também informou que o dentista responsável pelo acidente já está afastado e não trabalhará mais no município, que vai colocar um substituto no local.
EXPLICAÇÃO
Um especialista em odontologia falou sobre o caso e explicou um dos possíveis motivos para o acidente.
"A principal causa é a não adaptação entre a caneta de alta rotação, que é o motor que o cirurgião dentista utiliza na realização de procedimentos odontológicos, com a broca. A partir dessa não adaptação, é possível o paciente acidentalmente broncoaspirar esse instrumento", diz o professor Laércio Melo, do Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Ele frisa que existem medidas preventivas para que casos como esse não aconteça. "A primeira delas é sempre o profissional verificar essa real adaptação entre a broca e a caneta, e a segunda é utilizar um lençol de borracha separando essa área que está sendo tratada com a região de orofaringe", explica.
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