Os sucessivos aumentos dos preços da gasolina e do aluguel de veículos está estrangulando uma categoria de trabalhadores que nasceu há pouco tempo, mas que já é bastante sofrida: a dos motoristas de aplicativos.
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A atividade, que surgiu como a esperança de renda para milhares de desempregados no Brasil e no mundo, atualmente vê a insatisfação e desespero de seus trabalhadores, que reclamam das margens de lucro reduzidas pela disparada dos preços que atinge o país.
Samuel Cordovil, que está na plataforma há alguns meses, acredita que os condutores trabalham para os apps apenas por falta de opção, principalmente após os aumentos constantes.
"Na verdade, todo mundo que faz Uber ou 99 não está mais afim de trabalhar em aplicativos, está afim de trocar de emprego, principalmente pra quem trabalha com carro alugado", diz o trabalhador de Belém.
O litro da gasolina, que em janeiro custava em média R$ 4,699, atualmente supera os R$ 5,70, uma alta acumulada de 42,32% nos últimos doze meses, de acordo com o Dieese. Segundo a pesquisa, em junho do ano passado, o preço médio do litro da gasolina foi de R$4,02, enquanto que no mesmo mês de 2021 o produto teve o preço médio de R $5,72, ou R$ 1,70 a mais nos valores neste período de um ano.
O etanol também subiu em 21 estados, incluindo o Pará, na semana passada. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o valor subiu 2,23% ante a anterior, de R$ 4,399 para R$ 4,497 o litro.
"Aumentou o valor de tudo. Da gasolina, do etanol, do aluguel, do gás. Menos os das corridas", diz Samuel.
Aluguel de veículos
Outro custo fixo para boa parte dos motoristas de aplicativo, o aluguel de veículos também tem sofrido reajustes em 2021.
E, apesar de clientes mensalistas conseguirem negociar condições diferenciadas, a tabela abaixo mostra a tendência de alta nos preços.
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