De acordo com o Our World In Data, o Brasil já aplicou mais de 197 milhões de doses de vacina contra a covid-19, totalizando um número de cerca de 64,5 milhões de pessoas imunizadas por pelo menos uma dose. E, enquanto a campanha de vacinação ainda ocorre, uma notícia sobre um dos imunizantes surpreendeu a população neste final de semana.

Neste sábado (4), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a interdição cautelar de mais de 12 milhões de doses da Coronavac. A medida ocorre porque as vacinas foram envasadas em uma unidade fabril que não foi inspecionada pelas autoridades da agência brasileira. Ou seja, os locais de produção não chegaram a ser aprovados pela Anvisa.

O Instituto Butantan, responsável pela fabricação e exportação da Coronavac, disse à Anvisa, em reunião na sexta-feira (3), que 25 lotes foram encaminhados para o Brasil pela Sinovac, empresa chinesa que desenvolveu o imunizante. Outras 9 milhões de doses, distribuídas em 17 lotes, também envasadas no local, estão em processo de envio e liberação para o país.

A Anvisa disse que avaliou os documentos apresentados pelo Butantan e fez uma consulta nas bases de dados internacionais, para encontrar informações sobre condições e boas práticas de fabricação da empresa responsável por envasar as doses desses lotes. Porém, até agora, não localizou nenhum relatório de inspeção emitido por outras autoridades de referência reconhecidas internacionalmente.

Portanto, a agência brasileira decidiu agir para evitar um risco sanitário, com uma interdição cautelar. Está proibido, temporariamente, o uso dos lotes envasados na planta não aprovada e vedada a distribuição das doses ainda não encaminhadas ao Ministério da Saúde.

Segundo a Anvisa, o órgão também pretende monitorar pessoas que receberam as doses desses lotes interditados e trabalhar para a regularização da situação da planta onde as vacinas foram envasadas.

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