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11 ANOS DO DOL

Covid-19 e gripe suína: o Brasil entre duas pandemias

Em 11 anos, o país sentiu na pele as duas primeiras pandemias do século 21. O que mudou entre o surgimento do H1N1 e do novo coronavírus?

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Imagem ilustrativa da notícia Covid-19 e gripe suína: o Brasil entre duas pandemias camera Pacientes de covid-19 sendo transportados por equipes da Secretaria de Saúde do Estado do Pará. | Marcelo Seabra/Agência Pará

Quem fala que a pandemia de covid-19 é a primeira do século 21 provavelmente desconsidera que o mundo viveu outra em 2010, a de influenza com o vírus H1N1. Naquele ano, a população mundial vivia essa preocupação, não de forma tão dramática quanto a atual causada pelo coronavírus. Iniciada em 2009, a epidemia de proporções globais de gripe suína, como ficou conhecida a doença, afetou mais de 200 países com o fim decretado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em agosto de 2010.

Naquele ano, o Ministério da Saúde do Brasil informou que vacinou de 89,5 milhões de pessoas contra o vírus da gripe suína, no 1º semestre. A estratégia eficaz e rápida freou o número de casos graves e de mortes. Em entre janeiro e setembro de 2010, o Brasil registrou 773 casos graves com internação e 99 mortes.

No ano de criação do portal Dol, não houve medidas de prevenção para a gripe suína como as atuais contra o coronavírus. Mesmo com o risco e da gravidade do H1N1, o cotidiano brasileiro se manteve numa aparente normalidade. Apesar do problema sério, o mundo estava de olho em avanços científicos que revolucionaram a Medicina, como o primeiro teste de um tratamento à base de células-tronco embrionárias em seres humanos, liberado nos EUA.

Covid-19 e gripe suína: o Brasil entre duas pandemias
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No Brasil uma alteração que também mudaria o comportamento sexual no país: o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concluiu que a patente do Viagra terminaria em junho de 2010, liberando a produção de genéricos do medicamento e barateando o preço do remédio para o tratamento contra disfunção erétil.

O coronavírus no Brasil

Cerca de dez anos depois, o Brasil registraria o primeiro caso de covid-19 no país, entrando definitivamente na lista dos afetados pela segunda pandemia do século. O registro do primeiro doente é do dia 27 de fevereiro de 2020, um homem de 61 anos, internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Na sequência, no dia 12 de março, uma mulher, empregada doméstica, seria a primeira das mais de 590 mil vidas perdidas para a covid-19. Ela tinha 57 anos e morreu no Hospital Municipal Doutor Carmino Cariccio, na Zona Leste de São Paulo.

No Pará, o registro do primeiro caso de covid-19 foi confirmado no dia 18 de março. Era um homem de 37 anos de idade, sem gravidade, que precisou apenas ficar isolado em casa. Já a primeira morte no Estado foi confirmada no dia 1º de abril pela Secretaria de Saúde do Pará. A vítima foi uma mulher, de 87 anos, que morava na Vila de Alter do Chão, em Santarém, no oeste paraense. A óbito ocorreu no dia 19 de março e colocou em alerta as autoridades sanitárias. Na sexta-feira (17), o Estado contava 16.578 mortos para a doença.

O governador do Pará, Helder Barbalho, em um dos muitos pronunciamentos sobre a situação da pandemia no Estado.
📷 O governador do Pará, Helder Barbalho, em um dos muitos pronunciamentos sobre a situação da pandemia no Estado. |Marcos Santos/ Agência Pará

Em meio a lockdowns e muitas restrições, a população adotou o hábito da máscara em lugares públicos e nas ruas. A necessidade de distanciamento social também provocou alterações não só em relação à saúde pública, mas também ao comportamento. Um dos sintomas dos novos tempos foi a hyper conexão com redes e sites. Não à toa, por muito tempo, as transmissões ao vivo, as chamadas lives, foram fonte de entretenimento para os confinados em casa.

A ordem “fique em casa” foi aceita pela imensa maioria e muita gente pode experimentar pela primeira vez as vantagens e desvantagens do “home office”, o trabalho em casa”, assim como a dor e o prazer da educação à distância.

Violência doméstica e fake news

Uma das faces mais cruéis desse tempo se mostrou nos indicadores de violência contra a mulher: já no começo da pandemia, entre março e abril de 2020, os casos de feminicídio cresceram 22,2% em comparação ao mesmo período de 2019. Os números foram divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Outro aspecto negativo foi a disseminação de fake news sobre a pandemia pelas redes e mídias sociais, além da postura negacionista do presidente Jair Messias Bolsonaro e equipe. Inúmeras vezes ele deu declarações contrariando as recomendações das autoridades de Saúde, além de minimizar os riscos da doença, promover aglomerações e combater o uso de medidas de prevenção, como a utilização de máscaras para evitar a contaminação. “É só uma gripezinha”, “tenho histórico de atleta”, “não sou coveiro” e uma série de frases infelizes ditas pelo chefe do Executivo marcaram o período.

Finalmente, a vacinação: idosos recebem as doses para prevenir a covid-19.
📷 Finalmente, a vacinação: idosos recebem as doses para prevenir a covid-19. |Agência Pará

No momento, o Brasil começa a reverter uma situação gravíssima, como um dos países mais afetados pela pandemia, e vive os efeitos da vacinação. A imunização contra a covid-19 fpo iniciada em 2021 com atraso e controvérsias no Ministério da Saúde, que passou por quatro ministros (Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich, o general do Exército Eduardo Pazuello e o atual Marcelo Queiroga) durante a pandemia e está no centro de investigações de irregularidades e desvios de dinheiro público nas ações da União para imunizar os mais de 210 milhões de brasileiros.

Apesar dos problemas, o número de casos e de óbitos ligados à covid-19 têm reduzido, assim como tem avançado a vacinação no País. Na sexta-feira (17), o Pará, por exemplo, contava mais de 7 milhões de doses da vacina contra a covid-19 distribuídas no Estado. Outro dado positivo diz respeito à hospitalização de pacientes contaminados, também tendo o caso paraense como exemplo: há cerca de um mês, a ocupação de leitos clínicos caiu de 34% para 23,6%, enquanto nas unidades de Terapia Intensiva (UTIs) a diminuição saiu de 45,9% para 28%.

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