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INDENIZAÇÃO

Zara pode pagar R$ 40 milhões após acusação de racismo

Entidades cobram uma indenização de R$ 40 milhões por dano moral coletivo por ofensa e racismo .

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Imagem ilustrativa da notícia Zara pode pagar R$ 40 milhões após acusação de racismo camera Entidades estão pedindo indenização por dano moral coletivo após denúncias feitas pela delegada Ana Paula. | Reprodução

A loja Zara foi parar entre os assuntos mais comentados nas redes sociais e alvo de críticas após um caso de racismo institucional registrado dentro da loja, que fica no shopping Iguatemi, em Fortaleza, ser denunciado pela delegada Ana Paula Barroso, diretora-adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil do Ceará. As informações são do UOL.

Delegada é vítima de racismo em loja da Zara em Fortaleza

Entidades do movimento negro ingressaram na Justiça do Ceará contra a rede de lojas Zara, pedindo R$ 40 milhões de indenização por dano moral coletivo, baseando-se no episódio envolvendo a delegada que denunciou ter sofrido discriminação racial por parte de um funcionário do estabelecimento.

Universitário é condenado por racismo em live no Pará

Os autores da ação são a Educafro (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes) e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos. As ONGs também assinaram ações por racismo em outros casos recentes, como os que envolveram as empresas XP/Ável, Carrefour, Atakarejo, Studio Z/Pantanal Shopping e Assaí.

Delegada diz ter sido barrada; empresa alega problema com máscara

De acordo com a delegada, um funcionário teria a impedido de entrar na loja, alegando estar seguindo uma "determinação da segurança do shopping". Já a loja alegou que tomou a atitude porque "a mulher estava tomando sorvete no momento em que entrava na loja, usando máscara de uma maneira inadequada, contrariando protocolos contra a covid-19".

A delegada confirmou que estava tomando sorvete e usando a máscara de maneira inadequada no momento em que estava tentando entrar na loja, mas que o funcionário teria "apenas repetido várias vezes que era uma determinação da segurança do shopping", sem informar que o tal motivo seria por causa da máscara.

Ana Paula disse ainda, que depois procurou a equipe de segurança do centro comercial e questionou se podia ter sido barrada por estar comendo, mas teria ouvido de três seguranças do shopping que não havia nenhuma determinação nesse sentido.

Em entrevista ao Globo, a delegada disse que votou a loja para falar com o gerente, que tentou "se desculpou, tentou [se] justificar [dizendo] que tem amigos negros, amigos transexuais, disse que não tem preconceito. Eu respondi que aceitava as desculpas, mas o chefe de segurança me falou que precisava fazer um relatório, no qual constaria que o atendente confirmou minha versão. Só depois desse relatório e de falar com amigos e família é que ficou clara a situação de racismo na minha cabeça".

No último domingo (20), a Polícia Civil do Ceará foi ao estabelecimento para recuperar as imagens de vídeo do circuito interno de segurança do local.

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