Uma grande nuvem de poeira vermelha tomou conta da cidade de Franca, no interior de São Paulo, assustando os moradores final na tarde desse domingo (26).
Alguns deles filmaram o fenômeno, supostamente causado por ações causadas por devastações ambientais ou queimadas, potencializadas pelo longo período de estiagem local, que já dura cerca de três meses.
A zootecnista Nanci de Pinho Cavazana, que reside no município de mais de quase 360 mil habitantes, conhecido como a “capital do calçado e do basquete”, fez imagens de celular por volta das 17h15 que impressionam.
Assista:
Ao fechar a casa, disse que chegou a ficar com “grãozinhos de poeira na boca”. “Ficou difícil respirar”, afirmou ela, que se recupera de quadro de Covid-19.
“É a natureza triste com a gente, nós seres humanos que estamos cada vez mais degradando a natureza”, lamentou ela. “Faz nove anos que a gente não tem um cenário de tanta seca em nossa cidade e região. Estamos tendo racionamento severo de água”, declarou.
A mulher informou que a cidade de Batatais, próxima à Franca, chegou a registrar um incêndio que levou uma semana para controlar as chamas. O episódio teria começado em uma usina e afetado uma grande área na região, afetando fazendeiros e cerca de 1.500 famílias.
A nuvem gigante de poeira nesse domingo foi registrada em localidades interioranas do Estado, como Jardinópolis e Ribeirão Preto – nesse último, precedeu uma chuva com 24,4 milímetros.
Em Franca, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a seca prejudicou de forma drástica a captação no Rio Canoas e no Córrego Pouso Alegre.
Na segunda-feira (27), em razão da crise hídrica, os bairros divididos em três blocos terão o abastecimento de água por 36 horas, e igual tempo sem o fornecimento.
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