plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 30°
cotação atual R$


home
TRATAMENTO PRECOCE

ANS ouve 190 pessoas para apurar falhas da Prevent Senior

A Prevent Senior entrou na mira da CPI da Covid após 15 médicos assinarem um documento apontando graves falhas no atendimento.

Imagem ilustrativa da notícia ANS ouve 190 pessoas para apurar falhas da Prevent Senior camera De acordo com o documento, os hospitais da rede eram usados como laboratórios para estudos com o chamado kit Covid. | Divulgação/Prevent Senior

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está ouvindo 190 pessoas em dois processos para apurar irregularidades da operadora Prevent Senior no atendimento a pacientes com Covid-19. A rede enviou à agência na última sexta-feira (24) informações adicionais solicitadas durante diligências na sede da empresa.

A Prevent Senior entrou na mira da CPI da Covid após um dossiê assinado por 15 médicos apontar graves falhas no atendimento.

Segundo o documento, os hospitais da rede eram usados como laboratórios para estudos com o chamado kit Covid, conjunto de medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da doença. De acordo com o relato, os pacientes e seus familiares não eram informados sobre esse tipo de tratamento.

Leia também:

Bolsonaro prepara parecer para rebater acusações eleitorais

Luciano Hang aparece algemado em vídeo antes da CPI da Covid

Uma das denúncias mais graves apresentadas é a de que havia um protocolo para a alteração do chamado CID (Código Internacional de Doenças), para que a Covid-19 fosse retirada dos registros dos pacientes após uma certa quantidade de dias de internação.

Diante dos fatos denunciados, a ANS, que regula os serviços de planos de saúde no Brasil, abriu dois processos para investigar a operadora.

O primeiro apura eventual falha de comunicação aos pacientes sobre os riscos do uso dos medicamentos do kit covid. Segundo a agência, já foram realizadas ligações para cem pacientes identificados em documentos recolhidos na operadora como beneficiários que receberam o coquetel de remédios.

O segundo processo apura se houve restrição, por qualquer meio, à liberdade do exercício de atividade profissional dos médicos. Foram enviados ofícios para cinco médicos identificados em processo, para apuração de como se dá a prescrição do tratamento precoce.

Também foram enviados ofícios para outros 85 médicos que trabalham ou trabalharam no atendimento da linha de frente da Covid.

Em nota, a ANS afirma que os resultados da diligência, assim como a análise das informações enviadas pela operadora na sexta-feira, vão subsidiar possíveis medidas da agência contra a empresa. O órgão diz, ainda, que aguarda retorno ao ofício enviado à CPI da Covid solicitando informações que possam colaborar para as apurações.

Na última semana, o diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, afirmou em depoimento à CPI da Covid que a operadora adotou procedimento para alterar o código de diagnóstico dos pacientes com Covid-19. A operadora argumenta que era apenas um procedimento interno, burocrático, e que não afetaria a notificação.

No entanto, especialistas e integrantes da CPI sustentam que se tratava, sim, de uma forma de fraude e que isso traria impacto na quantidade de infectados e vítimas da doença, no balanço geral.

O médico Walter Correa de Souza Melo, que relatou ter sido ameaçado pelo diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, também afirmou durante a conversa telefônica entre os dois que o prontuário do óbito do médico negacionista Anthony Wong foi manipulado.

O objetivo da alteração, segundo Melo, seria não deixar constar a Covid-19 como causa da morte do pediatra e toxicologista, que morreu, aos 73 anos, no dia 15 de janeiro deste ano. O médico era um dos principais defensores do chamado tratamento precoce.

A Prevent divulgou em abril do ano passado um estudo sem autorização da Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), afirmando que o uso combinado de hidroxicloroquina e azitromicina reduziria as internações em pacientes com suspeita de Covid.

No entanto, em entrevista à Folha, o presidente-executivo da Prevent, Fernando Parrillo, admitiu que esse estudo não prova que a hidroxicloroquina ajude no tratamento contra a Covid.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Brasil

Leia mais notícias de Notícias Brasil. Clique aqui!

Últimas Notícias