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DENÚNCIAS

CPI e MP investigam Hapvida por uso do "kit Covid"

Operadora de plano de saúde está na mira das autoridades após acusações de várias irregularidades que teriam sido cometidas durante a pandemia.

Imagem ilustrativa da notícia CPI e MP investigam Hapvida por uso do "kit Covid" camera Divulgação

Depois da operadora de planos de saúde paulista Prevent Senior, agora é a vez da Hapvida ser acusada por médicos e ex-médicos que atuaram na empresa de pressionar e obrigar os profissionais para a prescrição do chamado “kit Covid”, que inclui fármacos como cloroquina e hidroxicloroquina, indicados para artrite reumatoide, lúpus e malária; e ivermectina, usada contra vermes. Nenhum deles teve eficácia comprovada cientificamente para combater a Covid-19.

A Hapvida, gigante nacional da área de assistência em saúde com forte atuação no Pará, é alvo de uma ação do Ministério Público do Ceará e de investigação pela Agência Nacional de Saúde (ANS) e da CPI da Covid por impor o kit.

Dados encaminhados à CPI da Covid mostram que a empresa comprou 2,3 milhões de caixas de cloroquina e 1,3 milhão de caixas de ivermectina entre março de 2020 e maio deste ano. Um levantamento do Repórter Brasil publicado no último dia 16 de setembro revela que, apenas em março de 2021, a Hapvida adquiriu mais de um milhão de caixas de cloroquina, 15 vezes a mais do que havia comprado no ano anterior, indicando que continua receitando o produto.

Hapvida: Ex-médico revela pressão para prescrever kit-Covid

Médicos da Hapvida foram coagidos a prescrever cloroquina

O plano responde, há mais de um ano, a um processo administrativo instaurado pelo Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), do MP do Ceará, que apura denúncias sobre a prescrição de medicamentos do “kit Covid” a pacientes da rede. O recurso do caso deve ser julgado este mês.

O médico generalista cearense Felipe Nobre, que trabalhou na operadora de janeiro a maio de 2020, relatou ao MP pressões internas para a prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada. Ele afirmou que o plano chegou a elaborar um “ranking de médicos ofensores” que não receitavam o medicamento. “Os ofensores eram vistos como inimigos do plano”, afirmou ao Diário do Nordeste.

No último dia 27 de setembro, as sedes das operadoras de planos de saúde Hapvida, em Fortaleza (CE), e do Grupo São Francisco, em Ribeirão Preto (SP), foram alvos de diligências da ANS após denúncias envolvendo a aplicação do “kit Covid”. A agência solicitou esclarecimentos sobre as denúncias de cerceamento de exercício da atividade médica e sobre a assinatura do termo de consentimento para a prescrição do kit. A agência deu um prazo de cinco dias úteis para que a empresa apresentasse documentos.

ACUSAÇÕES

De acordo com a ANS, o processo de apuração no grupo Hapvida foi aberto em 30 de agosto e no São Francisco em 8 de setembro, após denúncias feitas por prestadores de serviços.

As acusações são de que médicos que trabalhavam para o grupo São Francisco eram impedidos de tomar decisões de tratamento para pacientes e também eram obrigados a prescrever o chamado “kit Covid”.

O jornal espanhol “El País” revelou na última sexta-feira (1º) suspeitas de que o plano pressionou médicos para prescrever o kit e que omitiu a doença na causa de morte de um paciente, em caso similar ao da Prevent Senior, investigada na CPI.

Hapvida vê queda de ações após ser citada na CPI da Covid

ANS investiga Hapvida sobre uso do "kit covid" em pacientes

Segundo a reportagem, o funcionário público Gileno Soares Barreto, 72, deu entrada com o diagnóstico de coronavírus em um hospital da operadora de saúde em Salvador e faleceu após 21 dias de internação. Em sua declaração de óbito, porém, não consta a Covid-19 como causa de morte.

Em sua defesa, a Hapvida confirmou o erro na declaração de óbito da vítima e apresentou documentos relatando que informou à Secretaria Municipal da Saúde sobre a ocorrência de coronavírus. No entanto, não deixou claro quando essa comunicação foi feita. Erros desse tipo, segundo o “El País”, intencionais ou não, podem resultar em subnotificações de registros de óbitos por coronavírus no país.

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