As investigações policiais sobre membros da família Bolsonaro já são de conhecimento público. Além dos familiares do presidente, importantes apoiadores também são suspeitos de atividades criminosas que vão desde as "rachadinhas" até a disseminação de notícias falsas, as famosas “fake news”. Agora há fortes indícios do próprio governo, comandado pelo pai do clã e presidente do país, que tenta dificultar a apuração da polícia acerca dessas irregularidades.

As informações são do jornal Estado de Minas.

Nesta sexta-feira (8), o chefe da superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, Hugo de Barros Correia, foi afastado pelo diretor-geral da PF, Paulo Maiurino. Hugo investigava o inquérito das fake news e o filho do presidente, Jair Renan Bolsonaro, o “04”.

Os inquéritos que Hugo comanda atualmente são apurações importantes e delicadas para o Planalto. É o exemplo do caso das fake news, do Supremo Tribunal Federal (STF). Um é sobre a organização criminosa dos atos antidemocráticos. Outro é sobre a live com ataque às urnas eletrônicas feita por Jair Bolsonaro. Ambos estão sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

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Correia não tocava tais investigações, como superintendente, mas coordenava o núcleo que apurava os inquéritos. O filho 04 do presidente, Jair Renan, é investigado pela superintendência na operação que apura desvios do Ministério da Saúde. Tal investigação também despertou interesse da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19. Documentos mostraram que o “04” pediu ajuda a um lobista para abrir uma empresa privada em Brasília.

Paulo Maiurino deve indicar, para o lugar de Correia, um delegado do Rio de Janeiro, reduto do clã Bolsonaro. O nome não foi divulgado oficialmente. 

O presidente e os quatro filhos Foto: Arquivo Pessoal/FlavioBolsonaro

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