Seiscentas e duas mil pessoas no Brasil morreram por causa do novo coronavírus, até está quinta-feira (14). Mães, pais, tios, tias, filhos, amigos... Números absurdos que podem ser considerados aos de uma grande guerra.
Dados da Arpen Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais), entidade que representa os cartórios de registro civil do país, apontam que ao menos 12.211 crianças de até seis anos de idade no país ficaram órfãs de um dos pais vítima da Covid-19 entre 16 de março de 2020 e 24 de setembro de 2021.
Um levantamento chegou a esse dado após cruzar dados dos CPFs nos registros de nascimentos e de óbitos que constam do Portal da Transparência do Registro Civil com a série histórica do estudo Estatísticas do Registro Civil, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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Os dados apontam que 25,6% das crianças de até seis anos que perderam um dos pais na pandemia não tinham completado um ano de idade. Já 18,2% tinham um ano; 18,2%, dois anos; 14,5%, três anos; 11,4%, quatro anos; 7,8%, cinco anos; e 2,5%, seis anos. São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná foram os estados que mais registraram óbitos de pais com filhos nessa faixa etária.
Desses números, 223 pais faleceram antes do nascimento dos filhos, enquanto 64 crianças até a idade de seis anos perderam pai e mãe vítimas da Covid-19.
Outro dado importante é que o Brasil durante a pandemia, registrou mais óbitos do que nascimentos pela primeira vez na história. O fato ocorreu em abril, na Região Sudeste, mas foi repetido naquele mês na cidade de São Paulo, a mais populosa do país.
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