A Petrobras e o governo federal estão sofrendo pressões de diversos segmentos, devido ao avanço expressivo dos preços dos combustíveis no país neste ano. Os constantes reajustes, em intervalos maiores nos últimos meses, estão afetando o bolso dos consumidores. Mas, a situação pode ficar ainda pior!
A Petrobras confirmou nesta terça-feira (19), que não poderá atender todos os pedidos de fornecimento de combustíveis para o mês de novembro. A notícia acendeu um alerta para as distribuidoras, que apontaram para o risco de desabastecimento no país.
Em comunicado, a petroleira afirmou que recebeu uma "demanda atípica" de pedidos de fornecimento para o próximo mês, muito acima dos meses anteriores e de sua capacidade de produção, e que apenas com muita antecedência conseguiria se programar para atendê-los.
A confirmação vem após a Associação das Distribuidoras de Combustíveis Brasilcom - que representa mais de 40 distribuidoras de combustíveis - ter afirmado na semana passada, que a petroleira teria avisado diversas associadas sobre "uma série de cortes nos pedidos feitos para o fornecimento de gasolina e óleo diesel" para novembro.
Para a associação, "as reduções promovidas pela Petrobras, chegando a mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o país em situação de potencial desabastecimento". Segundo a Brasilcom, as empresas não estão conseguindo comprar combustíveis no mercado externo, pois os preços do mercado internacional "estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil".
Vale ressaltar que o Brasil não produz o volume necessário para abastecer o país, ou seja, depende de importações.
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