O cenário político brasileiro tem dado o que falar nesses tempos, principalmente por assuntos relacionados a alta do dólar, aumento do desemprego e a miséria que voltou a assolar milhões de pessoas. 

Com o ambiente não muito agradável para alguns, outros tentam intervir para salvar a tempo, pelo menos o nome de Paulo Guedes. 

Interlocutores do ministro da Economia afirmaram à CNN apostar que ele não deverá terminar o governo Jair Bolsonaro caso a PEC dos Precatórios for aprovada da mesma forma como foi elaborada pela ala política com aval da cúpula do Congresso.

Alguns de seus interlocutores têm o aconselhado a salvar a sua biografia e deixar claro os princípios que defende.

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O momento ideal para isso seria sua ida ao Congresso Nacional, para onde foi convocado a dar explicações sobre sua offshore. Lá também aproveitaria para dar sua visão geral sobre sua gestão na pasta desde janeiro de 2019.

Guedes tem sido ainda aconselhado a deixar claro que a responsabilidade pelas dificuldades encontradas pelos auto proclamados liberais em Brasília é devido ao apetite da política pelo Orçamento e a falta de respeito pelas regras fiscais. Além disso, fontes da economia defendem que ele antecipe sua ida ao Legislativo.

Ainda segundo interlocutores, Guedes não ficou surpreso com a debandada no ministério, muito embora seu entorno garanta que ele tentou até o último instante fazer com que eles mudassem de ideia e tentassem ainda uma última cartada no texto da PEC dos Precatórios.

Apesar disso, Guedes tem se sentido cansado de Brasília, principalmente após a revelação de sua offshore. O debate perdido sobre o financiamento para o novo programa social teria reforçado esse sentimento de perda de condições de administrar a economia dentro do ideal que ele defende.

No geral, a percepção é de que nas áreas de infraestrutura e privatizações foi possível avançar em algo, ainda que muito menos do idealizado.

Ainda segundo um interlocutor, Guedes vinha tratando sobre a questão fiscal e em especial da regra do teto de gastos como uma espécie de “linha vermelha” e “última trincheira”.

Por isso que suas declarações na última quarta-feira (20) de que se poderia flexibilizar a regra foi vista com certa surpresa e muito mais como um aceno à política com o intuito de demonstrar disposição de sentar na mesa para negociar do que um recuo em si. A avaliação é de que o recuo fez com que Guedes perdesse a oportunidade de já deixar o governo com o novo texto da PEC dos Precatórios.

A leitura agora, é que na Economia, ele deveria utilizar o espaço que terá no Congresso Nacional como um possível último ato. A pesar dessa percepção de seus interlocutores, no Palácio do Planalto a avaliação é a de que ele não deixará o governo.

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