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Guedes pediu demissão e Bolsonaro tenta convencê-lo a ficar

Paulo Guedes estaria descontente com a manobra realizada por Jair Bolsonaro para conceder o Auxílio Brasil a R$ 400, o que obriga a União a furar o teto de gastos

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Imagem ilustrativa da notícia Guedes pediu demissão e Bolsonaro tenta convencê-lo a ficar camera Quatro secretários do alto escalão do Ministério da Economia pediram demissão na última quinta (21) | Marcello Casal Jr. - Agência Brasil

De acordo com o colunista Vicente Nunes, do jornal Correio Braziliente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu demissão na manhã desta quinta-feira (21). O pedido teria sido feito durante uma pesada discussão entre o ministro e o presidente Jair Bolsonaro. Segundo apurou o colunista Vicente Nunes, Paulo Guedes elevou a voz e disse que não aceitaria as manobras feitas pelo governo para furar o teto de gastos, a fim de bancar o Auxílio Brasil, no valor de R$ 400.

O pedido de demissão de Guedes foi confirmado por quatro interlocutores ouvidos por Vicente Nunes.

Debandada no Ministério da Economia

Para cumprir a determinação do presidente Jair Bolsonaro de que o Auxílio Brasil seja concedido no valor de R$ 400, o governo avaliou que precisaria furar o teto de gastos regra que limita o crescimento das despesas públicas. Para driblar a regra, nesta quinta (21), o governo e seus aliados no Congresso inseriram na PEC (proposta de emenda à Constituição) que adia o pagamento de precatórios uma mudança na correção do teto de gastos que, na prática, expande o limite das despesas federais.

Após debandada, aliados pedem que Guedes deixe governo

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O conjunto das alterações previstas cria um espaço orçamentário para despesas de R$ 83 bilhões no ano eleitoral de 2022. Na mesma quinta-feira, quatro secretários da equipe econômica pediram demissão por discordarem das recentes decisões sobre a política econômica, que resultaram na autorização para gastos acima do teto de gastos. Pediram para deixar o governo dois dos principais nomes do núcleo da pasta, o que comanda as contas públicas.

O maior representante da área, abaixo de Guedes, é o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal. Ele e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt subordinado a Funchal , pediram exoneração dos cargos.

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