Muitas crianças e adolescentes sofrem agressões dos mais diversos tipos todos os dias sem que sejam denunciadas. Dados indicam que, na maioria dos casos, a violência parte de pessoas que fazem parte do círculo social mais próximo da criança.
Na manhã desta segunda-feira (25), uma mulher de 38 anos e o marido dela foram indiciados pela Polícia Civil pelo crime de tortura contra a própria filha, de apenas 12 anos, no município de Porto Grande, a 103 quilômetros de Macapá, no Amapá. Segundo denúncia do Conselho Tutelar, a mãe praticava as agressões e o padrasto era omisso.
O delegado titular da Delegacia de Porto Grande, Bruno Braz, contou que a mãe confessou o crime e o padrasto apresentou vídeos que mostram a situação da adolescente após ter sido espancada. “A vítima era rotineiramente agredida, causando intenso sofrimento, tanto psicológico quanto físico. Nos vídeos que nos foram apresentados dá para perceber a gravidade da situação. A mãe confessou que espancava a filha e chegou a puxar a faca para furá-la. Teve uma ocasião que ela tentou acertar a filha com uma terçadada”, relatou o delegado.
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Segundo o delegado, a menina sofreu vários tipos de agressões da mãe, entre socos, puxões de cabelos e chutes. Em depoimento, a vítima relatou que era torturada por motivos banais, como a perda de um carregador de celular. A autora das agressões é ex-usuária de drogas, confessou o crime e disse que nas vezes que atacou a filha estava tomada por um "espírito ruim".
“Além da mãe da vítima, o padrasto também foi indiciado por tortura, devido a sua omissão diante os fatos, pois sabia das agressões, podia agir para evitar, mas foi conivente”, explicou o delegado.
“O trabalho iniciado pelo CREAS e pelo Conselho Tutelar foi fundamental. A Polícia Civil deu continuidade e hoje concluímos esse inquérito policial. Além da mãe da vítima, o padrasto também foi indiciado por tortura, devido a sua omissão diante os fatos, pois sabia das agressões, podia agir para evitar, mas foi conivente”, finalizou o Delegado.
O inquérito policial foi concluído e enviado ao Ministério Público do Amapá (MP-AP) para que a denúncia seja ofertada à Justiça. A adolescente foi entregue a um familiar.
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