Um homem de 40 anos perseguiu e pisoteou o carro da personal trainer Paula Paiva, de 25 anos, em Taguatinga, no Distrito Federal, no domingo (24). Ele foi identificado como o empresário Ênio César de Barcelos.
De acordo com Paiva, ela teria encostado o seu veículo no dele em um posto de gasolina, e ele se revoltou alegando que o acidente causou um arranhão. O caso ocorreu no setor de desenvolvimento econômico Q1, por volta do meio-dia.
Em publicação nas redes sociais, a personal trainer afirmou que estava calibrando os pneus em um posto de gasolina no momento do incidente.
"Dei ré para ir abastecer. Ele estava bem próximo ao carro e eu não tinha visto. Rapidamente freei, pois tinha outro carro atrás de mim. Não teve batida, barulho, nada que eu tenha ouvido, porém, ele alegou o arranhão. E me fechou na frente da bomba. Abasteci, passei meu número e fui embora."
"Percebi que ele estava me seguindo em alta velocidade. Ao parar no sinal vermelho ele desceu, quis tirar a chave do carro. Eu consegui impedir e então ele começou a puxar o meu braço com muita força", seguiu em seu relato.
A personal trainer ainda conta que, como estava utilizando o cinto de segurança no momento, não conseguiu reagir e, em seguida, Barcelos subiu no carro e pisoteou o seu para-brisa.
"Mesmo se tivesse acontecido uma colisão, não justifica tamanha agressão e dano", afirmou. "Vidas estão sendo perdidas por nada, afinal se uma pessoa dessa anda armada, é capaz de tudo."
À reportagem, Paiva comentou que o homem ainda tentou agredir sua mãe e foi autuado por injúria racial, devido às ofensas que proferiu no momento do incidente, mas que pagou a fiança de R$ 5 mil e foi liberado. A Polícia Civil confirmou a autuação em flagrante por injúria e dano ao patrimônio de outra pessoa e a liberação do empresário.
"Agora eu vou entrar com um procedimento na justiça para arcar com o prejuízo, porque sou eu quem estou tendo que arcar, e com danos morais", disse.
O caso foi registrado na 12ª DP do DF como lesão corporal, injúria, dano, e acidente de trânsito sem vítima. Os envolvidos foram encaminhados ao IML (Instituto Médico Legal) e o veículo da mulher ao IC (Instituto de Criminalística). Os dois representaram mutuamente um contra o outro, conforme informou a Polícia Civil.
O advogado que representa o empresário afirmou à reportagem que não houve injúria racial. "Os fatos serão esclarecidos no momento oportuno", disse em nota. Ele ainda afirmou que foi proposto um acordo de ressarcimento na Delegacia, que foi negado.
A defesa também diz que o empresário está recebendo ameaças após o episódio. "Ressalto que o Sr. Ênio não tinha a intenção que chegasse a este ponto, porém em uma atitude impensada subiu ao teto do veículo. No contexto material será ressarcido todo o prejuízo ocasionado", finaliza comunicado.
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