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APOLOGIA AO FEMINICÍDIO

Homem se fantasia de "assassino goleiro Bruno" em festa

Além da fantasia de goleiro Bruno, o cliente também levou um saco de lixo ilustrando ser os restos mortais de Eliza Samúdio.

Imagem ilustrativa da notícia Homem se fantasia de "assassino goleiro Bruno" em festa camera Nas redes sociais várias pessoas mostraram indignação com a fantasia. | Reprodução/Instagram

Nas festas de Halloween as pessoas usam diversas fantasia e aproveitam para abusar da imaginação na hora de se caracterizar. No entanto, algumas acabam perdendo a noção do que é aceitável. E, ao invés de divertido, passam a fazer apologia ao crime.

Esse foi o caso de um homem, em Manaus, que resolveu se caracterizar de "assassino goleiro Bruno". Além da fantasia, ele ainda estava segurando um saco de lixo, fazendo referência à morte de Eliza Samúdio, assassinada em 2010.

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A foto polêmica foi publicada por uma casa de shows, conhecida por Porão do Alemão, após realizar uma festa de Halloween onde vários clientes foram fantasiados.

A festa foi realizada na última segunda-feira (1º). Após a repercussão negativa, o estabelecimento se pronunciou afirmando não ser conivente com a atitude, mesmo tendo permitindo a entrada do cliente com tal caracterização e ainda enaltecendo ele com uma publicação em suas redes sociais.

Homem se fantasia de "assassino goleiro Bruno" em festa
📷 |Reprodução/Instagram
Homem se fantasia de "assassino goleiro Bruno" em festa
📷 |Reprodução/Instagram

Na internet, várias pessoas se mostraram indignadas com a fantasia, afirmando que a vida de mulheres merece respeito. Confira:

Taxa de feminicídio no Brasil

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, somente em 2020, o Brasil contabilizou 1.350 casos de feminicídio. O equivalente a um registro a cada seis horas e meia. O número é 0,7% maior, se comparado ao total de 2019.

Entre os Estados, Mato Grosso é o que tem a maior taxa de feminicídio, com 3,6 casos por 100 mil habitantes. O Distrito Federal tem o melhor índice (0,4), seguido por Rio Grande do Norte (0,7), São Paulo (0,8), Amazonas (0,8) e Rio (0,9).

Três a cada quatro vítimas de feminicídio tinham entre 19 e 44 anos. Cerca de 61,8% das vítimas eram negras. Na maioria das vezes, o agressor era uma pessoa conhecida.

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