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FAB E EXÉRCITO

Risco: 36 mil militares da não se vacinaram contra Covid-19

Perigo de contaminação! Quase metade dos integrantes do Exército e da Aeronáutica ainda não estão devidamente imunizados contra o novo coronavírus.

Imagem ilustrativa da notícia Risco: 36 mil militares da não se vacinaram contra Covid-19 camera As Forças Armadas exigem para seus servidores a vacinação contra a febre amarela, tétano e hepatite B, mas não contra a Covid. | Tomaz Silva/Agência Brasil

Com o ritmo avançado vacinação em todo o país, ainda há aqueles que mostram resistência quanto a imunização. Um exemplo disso são os integrantes das fornças nacionais, de onde era para partir o exemplo, parte a resistência.

Quase metade dos integrantes do Exército e da Aeronáutica ainda não estão devidamente imunizados contra o novo coronavírus. O número de militares que recusaram a tomar o imunizante é de 32,2 mil, cerca de 15%, e de 4,3 mil (6,6%) nas respectivas Forças (18,79% nas duas juntas).

Os dados que confirmam os números de não imunizados foram obtidos com exclusividade pelo Metrópoles, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), e aponta que cerca de 121,2 mil integrantes do Exército e 36,5 mil da Força Aérea Brasileira (FAB) foram completamente imunizados contra a Covid. Na prática, isso representa 56,3% e 54,9%, respectivamente, do total de militares das duas Forças.

A Marinha se recusou a fornecer a informação ao alegar não possuir os dados sobre vacinação. Os números foram pedidos e obtidos pelo Metrópoles em novembro.

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Em comparação, mais de 142 milhões de brasileiros, o equivalente a 78,3% da população com mais de 12 anos, foram imunizados contra a Covid. Os números foram atualizados na última quinta-feira (26) pelo consórcio de veículos de imprensa.

As Forças Armadas exigem para seus servidores a vacinação contra a febre amarela, tétano e hepatite B, mas não contra a Covid.

No total, 182,9 mil militares da ativa do Exército e 62,1 mil da Aeronáutica tomaram ao menos uma dose da vacina.

Os dados mostram ainda uma baixa no número de militares que tomaram a dose de reforço, o que, segundo especialistas, pode estar associada a um alto contingente de jovens na corporação.

Enquanto 24,5 milhões de brasileiros, já receberam uma dose extra da vacina, pouco mais de 2 mil militares do Exército (0,9%) completaram a imunização; já na FAB, foram 544 , o equivalente a 0,8%.

Negacionismo

Para o epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas (RS) Pedro Hallal, os dados confirmam a hipótese sobre o negacionismo, que tenta se espalhar pelo Brasil. “Infelizmente, tem se espalhado mais nas Forças Armadas do que na sociedade civil”, apontou.

O Ministério da Defesa esclareceu sobre a vacinação contra a Covid-19, que “os militares das Forças Armadas seguem as mesmas regras adotadas para a população brasileira”.

O Metrópoles questionou se a pasta fez alguma campanha interna para incentivar seus servidores a se vacinarem, mas não houve respostas. Os comandantes do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira; da Marinha, almirante Almir Garnier Santos; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos Baptista Júnior, também foram procurados para informar se foram vacinados contra a Covid, mas também não se pronunciaram. O espaço segue aberto.

Até a mais recente atualização desta matéria, a FAB não havia respondido os questionamentos da reportagem. O espaço continua aberto para qualquer manifestação.

Casos de Covid nas forças armadas

A baixa taxa de vacinação entre os militares contrasta com a alta quantidade de infectados pelo novo coronavírus nas Forças Armadas. Como revelou o Metrópoles, em novembro do ano passado, ao menos 67,4 mil militares foram diagnosticados com a Covid-19, e 175 perderam suas vidas em decorrência da doença. Esses dados incluem a Marinha.

Ao todo, Marinha, Exército e Aeronáutica somam juntas 359 mil militares. Na prática, isso significa que 18,8% do efetivo total foi diagnosticado com o novo coronavírus. Ou seja, praticamente um a cada cinco militares foram infectados pela doença. A taxa de contaminação é quase o dobro se comparada à da população em geral.

O médico infectologista Julival Ribeiro, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), questiona se os militares, durante a pandemia, cumpriram as medidas preventivas contra a disseminação do novo coronavírus, como o uso de máscara e o distanciamento mínimo. “Se isso não aconteceu, a probabilidade de transmissão vai ser maior entre eles”, explicou o médico.

Ribeiro ressalta também que os militares das Forças Armadas são, em sua maioria, jovens. E esse é um fator que explica a alta contaminação e, também, o baixo número de mortes entre os membros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Levando em conta as 175 mortes registradas entre os militares, a taxa de letalidade nesse meio é de 0,26%; a mesma taxa, entre a população geral do país, é de 2,8%.

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