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Tecnologia: setor deve criar mais de 700 mil vagas 

Segundo levantamento feito pela Associação das Empresas de TI, a perspectiva é que as vagas alcancem todo o País, com demanda alta e carência de profissionais qualificados. Saiba onde estão as oportunidades

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Imagem ilustrativa da notícia Tecnologia: setor deve criar mais de 700 mil vagas  camera A Brasscom alerta que em decorrência das mudanças nas formas de trabalho ocorridas com a pandemia, deverão faltar profissionais para ocupar cerca de 530 mil do total de novas vagas esperadas. | Divulgação/Freepik

O mercado de trabalho brasileiro promete boas oportunidades para os profissionais da área de tecnologia. Um estudo realizado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) projeta que o setor deve criar 797 mil novas vagas de trabalho no Brasil até 2025. Com a perspectiva de alcance das oportunidades em todo o território nacional, em decorrência das mudanças nas formas de trabalho ocorridas com a pandemia, a associação alerta que deverão faltar profissionais para ocupar cerca de 530 mil do total de novas vagas esperadas.

Com foco no período de 2021 a 2025, o estudo “Demanda de Talentos em TIC e Estratégia TCEM” faz uma reavaliação da projeção da demanda por profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no país após a influência da pandemia da Covid-19. A especialista em Inteligência e Informação da Brasscom, Helena Loiola Persona, explica que em 2019 a associação fez uma projeção para o período entre 2019 e 2024 que previa uma demanda de 420 mil profissionais. Porém, o que se observou ao longo dos anos é que a demanda poderia ser ainda maior, sobretudo com a influência da pandemia. “O que aconteceu em 2020, com a pandemia de Covid, foi que a gente viu uma aceleração das contratações no setor de tecnologia, muito impulsionada pelo avanço das tecnologias e pela transformação digital das empresas porque a gente sabe que houve um boom do comércio eletrônico, um boom das plataformas de delivery e a migração para o home office. Tudo isso acelerou muito as contratações e percebemos que a gente tinha que revisar a projeção que foi feita no ano passado”.

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A nova projeção aponta a demanda de quase 800 mil novos empregos para os setores de software, serviços e TI in House, como a Brasscom define o profissional de TI que trabalha em empresas que não têm a TI como objeto social. Com isso, o cenário que desponta para os próximos três anos é de grandes oportunidades não apenas de garantia de emprego para profissionais dessa área, mas também de melhoria nas condições socioeconômicas de muitas famílias. “A gente observou que a remuneração média do setor de TI in House é de 2,9 vezes maior do que o salário médio nacional e a remuneração média de profissionais da área de software e serviços é 2,6 vezes maior do que o salário médio nacional, então, é uma oportunidade muito grande pela frente”, considera Helena. “E essa oportunidade é para todos porque, uma vez que tivemos a pandemia de Covid, a realidade das empresas mudou com a questão do home office. Uma vez que a gente tem essa demanda, o crescimento do setor de tecnologia, nada impede de a empresa ter sede em São Paulo e contratar, por exemplo, no Pará”.

PANORAMA

Traçando um panorama dos empregos, o estudo observou que o Estado de São Paulo concentrou aproximadamente 44% dos empregos em tecnologia em setembro de 2021, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Porém, a especialista em Inteligência e Informação da Brasscom destaca que, quando o estudo fala em São Paulo, se refere ao Estado onde as empresas estão localizadas e não necessariamente onde os funcionários da empresa estão trabalhando. “Se pegarmos os dados do Pará mesmo, segundo os dados de setembro de 2021 do Caged, a gente vê que ele está em 18º lugar na lista dos Estados, com 5.396 empregos em software, serviços e TI in House. É bem abaixo de São Paulo, que é o maior estado e que tem 526 mil empregos”, contextualiza. “Mas isso são empresas que estão no Pará e têm que fazer a declaração dos empregos lá, isso não mapeia, por exemplo, os funcionários que trabalham para empresas de São Paulo, mas moram no Pará. Então, não mapeia essa questão do home office”, reitera.

Alguns setores estão com carência de especialistas

A própria dificuldade de contratação de profissionais da área para atender à demanda é outro indicador apontado por Helena que demonstra que a oportunidade se expande para todo o território nacional. Fazendo uma correlação com a formação nos cursos superiores de tecnologia, o que o estudo observou é que o último Censo do Ensino Superior registrou a formação de apenas 53 mil profissionais com perfil tecnológico no ensino superior, o que é bem menor do que a demanda média anual de 159 mil profissionais traçada pela Brasscom.

Engenheiro de Software especialista em redes de computadores, o professor universitário Eudes Danilo da Silva Mendonça destaca que a pandemia gerou um boom na área tecnológica que, naturalmente, demandou e continuará demandando profissionais de tecnologia, sobretudo de desenvolvimento. “Houve uma demanda muito grande para que as pessoas iniciassem a criação de um website, que não é mais muito usado, e principalmente a criação de aplicativos. Então, essa criação de aplicativos trouxe uma demanda muito grande para a área de desenvolvimento, que acabou sendo um dos setores que mais cresceram. Paralelo a isso, por essa necessidade de aplicativos, a demanda pela área de telecomunicações também foi muito grande”.

O professor considera que mesmo as pessoas que, às vezes, não tinham acesso a uma solução de rede de banda larga ou a um plano de dados melhor precisaram se adequar à realidade do atendimento remoto. Com isso, também a área de telecomunicações foi movimentada, tomando um caminho sem volta. “Tanto as empresas, quanto os funcionários melhoraram os seus links porque, hoje, a solução de home office é uma realidade. Os nossos filhos também tiveram que, em algum momento, fazer um school office e a gente teve que melhorar a qualidade do acesso para que isso tudo acontecesse”.

Junto a toda essa demanda por qualidade de comunicação, aplicativos e por informatização dos processos, Eudes considera que há o fortalecimento de uma nova demanda na área de tecnologia, o da segurança. “Hoje a gente tem uma grande área de profissionais para desenvolvimento já treinados pelas instituições de ensino, telecomunicações também, mas agora existe uma grande vertente também para profissionais de segurança, para que eles consigam manter tudo isso funcionando, o que é muito complexo”, aponta. “A demanda pelo profissional de tecnologia ocorre em vários níveis de formação, mas claro que, quanto mais especialista, melhor será o salário”.

PARQUE

Instalado dentro do campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá) evidencia bem o cenário do aquecimento da área de tecnologia não apenas no que se refere à oferta de novas vagas, como também entre os profissionais que decidem empreender na área. O professor titular da UFPA e diretor-Presidente do PCT Guamá, Rodrigo Quites, aponta que, no Brasil existem 50 parques tecnológicos, sendo que na Amazônia o único existente é o PCT Guamá. Em todos eles, aqui no Brasil e no mundo, a TI e, principalmente, a área de software é a que atrai o maior número de empresas. “Hoje a gente não conhece nenhum aluno formado, seja pela UFPA ou por outras instituições, que não estejam empregados ou que não tenham empresas com sucesso. É uma área realmente muito aquecida”, considera. “Hoje, no PCT Guamá nós temos um total de 50 empresas que residem lá e dessas, um terço são empresas da área de TI”.

O professor aponta que, no parque de tecnologia, estão instaladas desde pequenas e microempresas formadas por alunos que saíram da faculdade há pouco tempo, até o Serviço Federal de Processamento de Dados, que também reside lá e é uma empresa do Governo Federal. “A área de TI e software precisa de profissionais de diferentes níveis. Não é apenas a nível universitário, mas também precisamos de pessoas com formação em nível médio. Tem várias tarefas em desenvolvimento de software que pessoas com formação em nível técnico, formação de programador, por exemplo, conseguem atuar”, apresenta. “Dependendo da escala do projeto, vamos ter desde pessoas de nível médio, passando por pessoas com graduação, até pessoas com doutorado que estão trabalhando com um setor específico. Então, não é uma área excludente, tem espaço para todo mundo, desde que as pessoas tenham uma boa formação em matemática e o conhecimento de inglês que ainda é muito necessário nessa área”.

Empregabilidade

SETORES

Principais geradoras de emprego nos próximos cinco anos

Tecnologias Maduras

Big Data e Analytics – 26,1%

Nuvem – 16,8%

Web Mobile e outras – 16,4%

Tecnologias Emergentes

Inteligência Artificial – 13,8%

Internet das Coisas – 12,8%

Blockchain – 6,3%

Segurança da Informação – 5,2%

Tecnologias de Nicho

Redes Sociais – 1,0%

Realidade Virtual – 0,8%

Robótica – 0,5%

Impressão 3D – 0,3%

Fontes: Brasscom, Word Economic Fórum (Future of Jobs – 2021), ABES (Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências – 2021), Bacen, IDC, Relatórios Financeiros das Estatais, RAIS, Caged e Novo Caged. Disponível em: https://brasscom.org.br/ pdfs/demanda-de-talentos-em-tic-e-estrategia-tcem/

HABILIDADES

Para além do conhecimento técnico, dentre as habilidades socioemocionais demandadas dos profissionais de tecnologia pelo mercado estão:

*boa comunicação;

*saber trabalhar em equipe;

*raciocínio lógico;

*resolução de problemas;

*busca contínua por aprimoração dos conhecimentos.

Fonte: Brasscom.

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