Com mais de 16 mil casos e cerca de 6.500 mortes anuais, o câncer de colo do útero é o terceiro mais comum entre as mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ele fica atrás apenas do câncer de mama e do colorretal.
Nos próximos anos, a doença pode se tornar erradicada, segundo anúncio feito pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) no janeiro verde, mês de conscientização sobre a doença.
O câncer de útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção de alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos). A infecção por esse vírus não costuma causar doença, mas em alguns casos ocorrem alterações celulares que evoluem para o câncer.
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Essas alterações podem ser descobertas facilmente através do exame preventivo, papanicolau, disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Há também vacina para meninos e meninas contra o vírus HPV. A SBCO acredita que juntas, essas duas medidas são capazes de acabar com a doença.
Entre os principais riscos da doença estão:
Início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros;
Tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de cigarros fumados);
Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.
Como prevenir a doença:
A vacina tetravalente contra o HPV é disponível pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. O imunizante protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer no útero.
O INCA alerta que mesmo as mulheres vacinadas, a partir dos 25 anos, elas devem fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV. Para mulheres com imunossupressão (diminuição de resposta imunológica), vivendo com HIV/Aids, transplantadas e portadoras de cânceres, a vacina é indicada até 45 anos de idade.
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