O trabalho de monitoramento da reprodução de tartarugas marinhas no litoral paraense ganhou um reforço da Petrobras, em virtude da implantação do pré-sal. Esta semana, representantes da estatal, pesquisadores da Universidade Federal do Pará e de uma empresa de consultoria estiveram em Maracanã, nordeste paraense, para apresentar o trabalho e fechar parceria com a comunidade para alcançar o maior êxito no cuidado com o meio ambiente na região.
As praias de Maracanã, em especial a da Marieta e Algodoal, são consideradas verdadeiros berçários para a reprodução de tartarugas marinhas. A Ilha da Romana, em Curuçá, faz parte deste ecossistema ideal para que as fêmeas desovem e faças seus ninhos. A temporada de reprodução começa a partir de abril e vai até setembro.
Pré-sal é descoberto na bacia sedimentar Pará- Maranhão
A rota das tartarugas também será estudada e monitorada. Isto é importante para compreender melhor o comportamento das espécies na região. O monitoramento também vai ocorrer em Salinópolis e na praia de Ajuruteua, em Bragança. As praias de Soure, no arquipélago do Marajó, também terão acompanhamento de biólogos acompanhando a reprodução de tartarugas marinhas.
O projeto acompanha as atividades preliminares e para liberação de licenças ambientais às atividades de perfuração marítima no Bloco FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas. O poço no Pré Sal a ser perfurado fica a 17km da costa do Pará.
Ao todo no mundo existem sete espécies de tartarugas marinhas, dessas 5 já foram avistadas na costa do Pará como a Oliva, Verde, Cabeçuda, De Pente e De Couro. Em 2020, o DOL acompanhou o trabalho de identificação e soltura de filhotes na praia da Princesa, em Algodoal. O trabalho é feito pelo projeto Suruanã da UFPA, há mais de dez anos.
As comunidades ribeirinhas e os pescadores passarão por treinamentos para ajudar no processo de monitoramento.
"Os estudos preliminares e monitoramento da fauna marinha em nosso litoral nos dá maior tranquilidade quanto a proteção e preservação do nosso meio ambiente marinho, além de possibilitar a geração de dados que ajudarão na elaboração de planos sustentáveis de exploração da natureza pelo turismo ecológico e de vivência, fomentando ainda mais a economia local, usando a natureza intacta como fonte de renda", disse Caio Rabelo, secretário de meio ambiente de Maracanã.
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