Em 2018, o assassinato da vereadora Marielle Franco parou o Brasil e dividiu opiniões. As investigações apontam pessoas ligadas à milícia como os principais autores do crime.
Em entrevista à revista Veja, o policial reformado Ronnie Lessa disse que já recebeu ajuda do presidente Jair Bolsonaro em 2009 – mesmo afirmando que “mal conhece” o presidente. Ele é o principal suspeito na morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
Após perder parte da perna esquerda quando uma bomba explodiu em seu carro, Ronnie confessou que Bolsonaro, então deputado federal, intercedeu para que seu atendimento fosse priorizado na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), no Rio de Janeiro.
“Bolsonaro era patrono da ABBR. Quando soube o que aconteceu, interferiu. Ele gosta de ajudar a polícia porque é quem o botou no poder. Podia ser qualquer outro policial”, disse.
Ronnie, de 51 anos, nega envolvimento na morte de Marielle, diz que é vítima de armação e acusa um morto pelo crime: André Nóbrega. O policial reformado está preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, desde dezembro de 2020.
A prisão de Lessa aconteceu no condomínio onde ele morava, o mesmo em que residia Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Mesmo assim, o suspeito de matar Marielle diz que nunca foi próximo do presidente.
“É um cara esquisito. Se vi cinco vezes na vida, foi muito. Um dia cumprimenta, outro não, e mesmo assim só com a mãozinha. E nunca vi os filhos dele”, disse para a Veja.
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