A decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de bloquear o aplicativo de mensagens Telegram em todo Brasil tem dado o que falar nas últimas horas, provocando as mais diversas reações em internautas que fazem uso do mensageiro e de figuras políticas, a exemplo do presidente Jair Bolsonaro (PL) que, pela segunda vez, se manifesta contrário à decisão.

Enquanto visitava uma barbearia na manhã deste sábado (19) no Cruzeiro, região administrativa do Distrito Federal, e também a uma lotérica na mesma área, o chefe do executivo comentou mais uma vez a suspensão do Telegram. “Não encontro nenhum amparo no Marco Civil da Internet e em nenhum dispositivo da Constituição”, disse.

STF é acionado contra ordem de bloqueio

O Advogado-Geral da União, Bruno Bianco Leal, entrou com um pedido de medida cautelar ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a ordem de bloqueio do Telegram. O pedido do advogado-geral da União não foi direcionado ao ministro Alexandre de Moraes, que determinou a suspensão do Telegram, mas à ministra Rosa Weber.

Concluído no fim da noite desta sexta-feira (18), o pedido foi direcionado a uma ação direta de inconstitucionalidade no STF relatada por Weber.

+ Lei das fake news deve ter efeito inofensivo nas eleições

O Telegram é visto como uma das principais preocupações para as eleições de 2022 devido à falta de controles na disseminação de fake news e se tornou também alvo de discussão no Congresso e no TSE para possíveis restrições em seu funcionamento no Brasil.

O mensageiro está previsto para ser suspenso até a próxima semana Foto: Dimitri Karastelev/Unsplash

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