O grupo conhecido como a ‘quadrilha das blogueiras’, que aplicava o golpe do motoboy no Rio de Janeiro, composto por três mulheres acusadas por estelionato, seguem foragidas da justiça, postando inclusive fotos em shows e bares da cidade. As informações são do Yahoo.
Mariana Serrano, de 27 anos, e Gabriela Vieira, de 21, que têm pedido de prisão decretado pelo o juiz Marcello Rubioli desde o dia 13 de agosto de 2021, mostram em fotos compartilhadas nas redes sociais, que continuam curtindo a vida pela cidade.
Mariana postou algumas fotos desses momentos, como em um bar na Penha, na Zona Norte da cidade, e até no show de Wesley Safadão, no dia 28 de fevereiro, no Carnaval das Artes, no Parque dos Atletas, na Zona Oeste do Rio.
Anna Carolina em momento relax antes de ser presa — Foto: Reprodução/Redes sociais
Apesar de circular pela cidade, o ‘esconderijo’ de Mariana, Gabriela e Yasmin Navarro, a outra fugitiva da quadrilha, é no Complexo da Penha, onde estariam perto de outro conhecido da polícia: Alexandre Navarro Júnior, o Juninho, irmão de Yasmin.
Anna Carolina nas redes sociais e no dia da prisão: estelionatária, segundo a polícia — Foto: Reprodução/Redes sociais
Mesmo foragidas, um processo tramita na Justiça do Rio, tendo cinco acusadas de estelionato como rés (duas estão presas), e encontra-se na fase de conclusão do juiz após audiência de instrução e julgamento - quando as partes apresentam provas para determinar se houve crime.
As estelionatárias Mariana Serrano, Gabriela Vieira, Rayane Sousa, Anna Carolinas e Yasmin Navarro — Foto: Reprodução
Entenda o caso
O grupo que ficou conhecido como quadrilha das blogueiras foi preso em grupo foi preso em flagrante, pela primeira vez, no dia 7 de julho, acusado de aplicar o chamado golpe do "motoboy" no Rio.
Elas conseguiram um relaxamento de prisão, mas acabaram tendo um novo pedido de prisão decretado depois que Rayane Silva Sousa ter feito uma festa zombando da Justiça e que foi parar nas redes sociais. Ela e Anna Carolina de Sousa Santos se apresentaram e voltaram imediatamente para a prisão
Mariana Serrano de Oliveira, Yasmin Navarro e Gabriela Silva Vieira, que eram moradoras de São Paulo, protelaram a apresentação alegando que viviam em outro estado, e que esperavam o resultado de habeas corpus com pedido de relaxamento da prisão, o que foi negado.
Uma das blogueiras que ficaram presas por 20 dias por estelionato — aplicando o golpe do "motoboy", roubando cartões de crédito principalmente de idosos — foi recebida com festa após ser solta no dia 27 de julho.
A Justiça entendeu a postagem como um deboche e decretou nova prisão preventiva do grupo.
As cinco indiciadas pela polícia foram identificadas como Anna Carolina de Sousa Santos, de 32 anos, Yasmin Navarro, de 25 anos, Mariana Serrano de Oliveira, de 27, Rayane Silva Sousa, de 28, e Gabriela Silva Vieira, de 21 anos.
Todas elas foram presas em flagrante em um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, por estelionato.
No local funcionava uma “central de telemarketing", que servia para aplicar golpes em suas vítimas. Elas entravam em contato fingindo ser da administradora do cartão de crédito, diziam que havia sido detectada uma fraude nas compras feitas no cartão, e que a vítima deveria passar alguns dados para resolver o problema. Elas ainda mandavam um suposto motoboy até a casa da pessoa a ser lesada pegar o cartão.
Com todos os dados e o cartão das vítimas em mãos, elas faziam compras, saques em contas bancárias, pix a até empréstimos.
Justiça mandou soltar
As suspeitas foram soltas por decisão do juiz Marcello Rubioli, que considerou a prisão ilegal. Ele afirma que elas ficaram presas por 20 dias sem que o Ministério Público oferecesse denúncia sobre o inquérito policial.
O impasse sobre quem faria a denúncia do caso da blogueira e das outras suspeitas de estelionato começou no dia 21 de julho, quando o promotor da 40ª Vara Criminal do Rio, Rodrigo Hermanson, declinou da competência em favor da 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital.
Segundo ele, um dos crimes imputados às presas é o de organização criminosa, o que só poderia ser analisado pela 1ª Vara, que seria o órgão especializado para tal.
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