Há um perigo muito grande quando a questão envolve roubo de celular, principalmente quando os assaltantes conseguem invadir contas de bancos, fotos, e conversas pessoais. Além de todo estresse causado tem a chateação com gastos para um aparelho novo.
Um agente de talentos de 36 anos, de Brasília identificado como Bruno de Paula denunciou nas redes sociais ter sido vítima de fraude nas contas bancárias após ter o celular furtado.
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O caso aconteceu em São Paulo, quando o homem retornava do Aeroporto de Guarulhos no último dia 29 de abril e teve seu celular furtado. Foi ai que o pesadelo começou, empréstimos, transferências, compras e pagamentos de boletos foram feitos por criminosos após furtarem seu celular.
“Estávamos famintos, então fui pedir um delivery antes de chegar. E aí que tudo mudou. É uma das sensações mais estranhas que já senti, o celular sumiu da minha mão. Gritei, olhei pra trás e vi um vulto correndo pra escuridão”, contou o agente.
Ele só foi perceber a gravidade do problema quando chegou em casa, “Aí percebi que estava destravado. Surtei. O desespero bateu, mas ninguém sabe minhas senhas e nunca anotei. Minhas contas no Banco do Brasil e Nubank são com reconhecimento facial, não tem como entrar”, relatou.
Movimentações
Ao chegar em casa, Bruno acessou por um celular antigo viu que R$ 27 mil da conta do Nubank haviam sido gastos. Desesperado, o agente ligou para a sua operadora para desabilitar o chip e o aparelho. Segundo ele, a empresa afirmou que o bloqueio havia sido feito, mas não era verdade,
“E o inferno estava só começando. Era sexta à noite e são boletos. Dava pra cancelar, mas nada. O descaso do Nubank foi bizarro. Se virem, tudo foi feito dentro de três minutos. Como que o banco libera isso?”, desabafou.
Bruno também entrou em contato com a Nubank para reportar a situação, e ainda assim os criminosos conseguiram aumentar o limite do pix na instituição para R$ 90 mil na segunda-feira (02). Ele ainda tentou evitar que mais dinheiro fosse furtado de uma segunda conta bancária.
“Preocupado, liguei para o Banco do Brasil e expliquei a situação. Implorei que não deixassem movimentar minha conta. Entendi que eles fariam um bloqueio, já que reportei”, afirmou.
Não adiantou, e mais prejuízos vieram, foram feitos mais dois empréstimos, duas transferências, sendo uma delas agendada, e um Pix. Essas movimentações bancárias resultaram em um prejuízo de R$ 116 mil.
“Só chorei”, disse. “É uma violação tão grande, um vírus que invadiu minha vida e fiquei sem o que fazer. Mexeram em tudo e nenhuma empresa ajudou a recuperar.”
Depois de tentar diversos contatos com o banco, Bruno relatou que recebeu respostas genéricas sem nenhuma medida prática de ajuda.
“É óbvio que foi fraude, por que não solucionam rápido? Por que não reembolsam? Eu estou sem acesso às minhas contas e ao meu dinheiro. Preciso pagar contas, voltar ao normal. E nada. Nunca vivi uma situação tão desesperadora, e não sei mais o que fazer”, afirmou.
Nesta sexta-feira (06) só após o caso viralizar nas redes sociais, o agente de talentos contou que recebeu ligações das duas instituições bancárias que “resolveram” a situação.
“E não é questão de estornaram e agora está tudo bem. Não está. Durante a semana e agora, expliquei as falhas graves nos processos das empresas, não só de segurança inicial. Passei o feedback detalhado para que haja uma melhora geral”, escreveu.
O Nubank afirmou que lamenta o ocorrido e que o caso “já foi solucionado com o cliente”. Já o Banco do Brasil informou ao Portal Metrópoles que “acionou procedimentos de segurança logo após tomar conhecimento da ocorrência, com rápida recuperação de valores”.
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