As movimentações políticas para as eleições presidenciais de 2022 já iniciaram e seguem a todo vapor. Os pré-candidatos fazem de tudo para conquistar o eleitorado e acusações já começam a surgir de todos os lados como parte da estratégia adotada pelos presidenciáveis.
Na manhã desta segunda-feira (23), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga discursou no palanque da Organização Mundial da Saúde em Genebra, na Suíça, e tem sido acusado de utilizar a visibilidade para "fazer campanha" do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
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Em suas falas, Queiroga omitiu o número de mortos pela covid-19 no Brasil, comemorou os resultados da política de combate à pandemia e declarou que uma das prioridades do governo de Jair Bolsonaro foi lutar contra a corrupção na saúde.
O ministro ainda teria ignorado todos os principais temas da agenda internacional, como a negociação de um novo tratado global contra pandemias, a reforma da OMS, o debate sobre o regulamento sanitário internacional e sequer abordou a guerra na Ucrânia.
O discurso ministerial também não abordou o fato de que a principal mensagem atual da OMS é sobre a pandemia ainda não ter terminado, pois os números voltaram a crescer em 70 países do mundo. "A crise está longe de terminar", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, minutos antes da fala de Queiroga.
2º EM NÚMERO DE MORTES
Com o segundo maior número de mortes do mundo desde o começo da pandemia, de aproximadamente 670 mil vítimas, o Brasil participa nesta semana da principal reunião da OMS, com a presença de grandes líderes mundiais.
Marcelo Queiroga desembarcou em Genebra com a função de tentar desfazer a imagem de representar um governo considerado negacionista por muitos setores, inclusive internacionalmente.
A reunião ocorre no momento em que o governo estabelece o fim da emergência sanitária no país, ao mesmo tempo em que tem início o processo eleitoral.
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