Quem nunca andou nu pela casa que atire a primeira pedra. Até os mais tímidos já tiveram momentos sozinhos em que puderam ficar "como vieram ao mundo" dentro de sua residência. No entanto, há quem não goste desse costume.
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O paraense Alessando Jacomossi, de 35 anos, residente há três anos em São Paulo (SP), e recentemente passou por momentos desconfortáveis, dentro de seu próprio lar. Isso porque o empreendedor tem o hábito de andar nu dentro de seu apartamento. No entanto, o que deveria ser encarado como um hábito particular dele acabou gerando um alvoroço entre os outros condôminos.
Uma assembleia extraordinária foi convocada no condomínio, localizado na zona oeste de SP, para tratar sobre o assunto. Os vizinhos de Alessandro afirmam que a forma que ele costuma ficar em seu apartamento estaria gerando total desconforto aos outros residentes do prédio, que acabam olhando o corpo nu dele pela janela.
Em uma conversa entre Alessandro e a síndica do local por um aplicativo de mensagem, a mulher afirma que alguns vizinhos relatram que chegaram reclamar por verem o paraense tendo relações sexuais dentro da prória cozinha, e pede para que e providencie persianas em suas janelas, para que o "problema" seja resolvido. Segundo o jovem, ele imagina que ela está sendo pressionada pelos outros moradores e, afirmou, que seu relacionamento com a responsável pelo condomínio sempre foi muito bom.
"Ela é uma amor de pessoa, sempre muito educada e solicita, porém está sendo pressionada pelos moradores. Inclusive, vou atender ao pedido dela em colocar as persianas na janela, mas, vou fazer isso somente para evitar desafetos com ela, sempre nos demos muito bem" relatou Alessandro.
Segundo o jovem, a assembleia extraordinária que foi convocada é para falar especificamente deste caso. Como punição para a conduta de Alessandro, o condomínio estaria limitando as visitas que ele recebe no apartamento.
"Os vizinhos não são nenhum pouco amigáveis, sempre implicaram demais com as minhas visitas, mas nunca imaginei que uma bunda na minha cozinha pudesse incomodar tanto os moradores dos demais blocos", desabafou o paraense.
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O advogado Bruno Pimentel, especialista em direito condominial, assiste atualmente mais de 30 condomínios e explicou à reportagem do DOL que "as pessoas detém o direito de andar pelo seu imóvel da forma como lhe prouver. Neste caso, o condômino poderá sim andar nu pela sua unidade habitacional e, o empreendimento não pode o obrigar do contrário, sob pena de violar direitos constitucionais de liberdade e privacidade".
Segundo o advogado, "as medidas de limitar as visitas que Alessandro recebe, poderiam ser adotadas caso o jovem resolvesse ficar nu em sua sacava, que é visível a todos ou andar nu na área comum. Isso seria entendido como um delito/crime".
Ainda sobre as visitas que o empreendedor costuma receber, o advogado reforçou que "não existe embasamento legal para vedá-las. Fere diretamente o direito de propriedade do mesmo. Salvo se suas visitas estivessem causando transtornos à coletividade. Com isso, deveria haver uma assembleia garantindo o direito de defesa a ele. Arbitrar essa decisão da forma como foi feita, será facilmente anulada judicialmente".
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O paraense já acionou os seus advogados, que, segundoi ele, já estão trabalhando no caso.
O DOL tenta contato com o condomínio, mas sem sucesso até o momento.
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