A importunação sexual, que, de acordo com o Código Penal Brasileiro, é caracterizada pela prática sem autorização de atos libidinosos contra alguém para satisfação pessoal, pode resultar em penas de um a cinco anos de reclusão, com possibilidade de penas maiores caso haja agravantes.
Na última semana, uma estudante de 22 anos da Universidade de Brasília (UnB) denunciou, por meio das redes sociais, ter sido vítima de assédio dentro do campus da instituição. A coluna Na Mira, do Portal Metrópoles apurou que este não é um caso isolado. Após revelar o incidente, novas vítimas surgiram, entre elas dois homens.
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O suspeito, de acordo com os investigadores, é Jonathan Alves Ramos, de 29 anos. O homem coleciona ocorrências policiais de importunação sexual, sempre em banheiros de instituições públicas ou estabelecimentos comerciais.
De acordo com os relatos, o modus operandi do assediador é sempre o mesmo: ele espera as vítimas entrarem nas cabines e usa uma fresta da porta para observar as pessoas dentro do espaço sanitário. Ou ainda usa um aparelho celular para fotografar e filmar dentro do local reservado.
O último ataque registrado ocorreu na terça-feira (7), segundo dia de aulas na UnB, após mais de dois anos sem atividades presenciais.
Em outro episódio, um estudante contou ter sido alvo do "taradão" quando estava a caminho do subsolo do Instituto Central de Ciências (ICC) Sul. “Entre uma aula e outra, cortei caminho pelo mezanino. Então, decidi ir a um banheiro. Quando estava utilizando a cabine, percebi que tinha um tarado me observando pela brecha da cabine. No começo, não acreditei, fiquei incrédulo. Mas o homem começou a olhar fixamente na brecha e eu dei um grito”, lembrou.
MAIS VÍTIMAS
Outro homem vítima do tarado do banheiro contou detalhes semelhantes ao do outro rapaz. O estudante de design havia deixado uma reunião no ICC Norte quando foi ao banheiro. “Quando me aproximei do mictório e abri a calça, um homem se aproximou e passou a usar o mictório do meu lado, mesmo com todos os outros vazios. Isso me deixou desconfiado”, explicou.
O aluno disse que percebeu que o homem o olhava “de canto de olho” por cima da barreira de granito que separava os mictórios. “Perdi a vontade de urinar. O cara estava com o ombro mexendo, em um movimento contínuo. Minha reação foi só voltar para a sala”, lembrou.
Mesmo após deixar o banheiro, o homem ainda seguiu “secando” o estudante. “Vi o cara na porta do banheiro, me encarando. Infelizmente é muito chato falar isso, mas não é uma situação que homens também não merecem passar, exatamente como as mulheres jamais devem experimentar”, desabafou.
Veja mais detalhes sobre os casos de importunação no Portal Metrópoles, parceiro do DOL.
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