Casos de Covid aumentam no Brasil: quando fazer o autoteste?

Os dados não mentem: o número de casos de covid-19 tem aumentado nos últimos dias no Brasil. Globalmente, acredita-se que este seja o começo de uma quarta onda de infecções do coronavírus.

Como consequência disso, muitas pessoas com sintomas de covid-19 ou até mesmo assintomáticas têm tido dificuldades para fazer testes em laboratórios e hospitais pela alta demanda.

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Por conta disso, os autotestes tem se tornado a alternativa mais prática para detectar a presença do vírus no corpo, uma vez que a pessoa realiza todas as etapas do processo, desde a coleta da amostra até a interpretação do resultado, apenas seguindo as orientações de uso, sem a necessidade do auxílio de um profissional da área da saúde.

Vale lembrar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a venda dos autotestes em farmácias, drogarias e outros estabelecimentos de saúde no final de janeiro. Os preços variam e podem chegar a R$70.

De acordo com nota técnica do Ministério da Saúde, o autoteste deve ser entendido como uma ferramenta de pré-triagem no diagnóstico de covid-19, ou seja, ele não fornece o diagnóstico de forma definitiva, mas sinaliza uma possibilidade aumentada de doença nos indivíduos positivos.

QUANDO FAZER O AUTOTESTE?

Especialistas indicam que o autoteste pode ser feito do 1º ao 7º dia do início dos sintomas. Caso a pessoa esteja assintomática, ela pode fazer o autoteste a partir do 5º dia de contato com alguém que testou positivo para a covid-19.

Caso o resultado do autoteste seja positivo (reagente), independentemente de sintomas ou não, a confirmação do diagnóstico de covid-19 deve ser feita em um serviço de saúde, onde a pessoa receberá orientações em relação ao tempo de isolamento e cuidados necessários. É importante que o indivíduo também informe as pessoas com quem teve contato, pois elas podem estar infectadas.

Pessoas assintomáticas também podem testar positivo. Não ter sintomas também não significa que não seja possível a transmissão para outras pessoas. Um outro ponto importante é que, se pessoa apresentar qualquer sintoma grave, como falta de ar, febre alta persistente, letargia, confusão mental e sinais de desidratação, ela não deve fazer o autoteste, mas procurar imediatamente o atendimento médico.

FALSOS NEGATIVOS OU FALSOS POSITIVOS

Os autotestes aprovados pela Anvisa são confiáveis, mas as orientações de uso precisam ser rigorosamente seguidas, de acordo com os especialistas. Diversos fatores podem interferir no resultado, promovendo um falso negativo (quando o teste deu negativo, mas a pessoa pode estar doente e transmitindo o vírus). São eles: erros no procedimento de coleta, armazenamento inadequado do produto ou baixa carga viral no momento do teste, prejudicando a detecção.

Também é possível ocorrer um falso positivo (quando indivíduo testa positivo, apesar de não apresentar doença ou vírus nas vias aéreas), embora seja mais incomum. Isso pode acontecer quando a pessoa não seguiu corretamente as instruções de uso, em contaminações da amostra ou em análises cruzadas em pacientes com outras doenças virais com partículas virais semelhantes ao SARS-CoV-2.