O presidente Jair Bolsonaro costuma causar polêmicas durante suas lives. Nesta quinta-feira (16), não foi diferente, ao falar que abraçaria o extremista Allan dos Santos, que tem a prisão decretada no Brasil, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Com informações de Metrópoles.
Na ocasião, Bolsonaro se defendia das críticas por ter participado de um evento político nos Estados Unidos com a presença de Allan dos Santos, que vive foragido na América do Norte.
“Eu não vi o Allan dos Santos nos EUA. Se tivesse visto, teria apertado a mão dele, sem problema nenhum”, falou o presidente. “Ele não está na lista vermelha da Interpol. O crime que ele cometeu, segundo um ministro do Supremo, para mim não é crime. Você pode me falar que eu tenho que reconhecer o que o Supremo decide, mas não, pera aí. Para mim, não é crime o que ele cometeu”, disse Bolsonaro, defendendo o aliado.
“Se for alguma coisa passível de qualquer ação, é injúria, calúnia, difamação, que a pena não é prisão. E existe acordo entre EUA e Brasil e, no caso do Allan dos Santos, mesmo que ele venha a ser condenado aqui, pelo cara que denuncia e julga, não está no acordo de extradição essa possibilidade”, continuou o mandatário brasileiro.
“Se tivesse visto o Allan dos Santos, teria apertado a mão dele, dado um abraço nele, e ponto final”, concluiu Bolsonaro, que costuma dizer que a prisão foi decretada por “crime de opinião pública”. Porém, o ministro do STF Alexandre de Moraes listou outros crimes do qual Allan é acusado e autorizou a prisão preventiva do bolsonarista.
Para Moraes, “a Polícia Federal apresentou indícios fortes, plausíveis e razoáveis da vinculação do representado Allan Lopes dos Santos à prática de diversos crimes”.
Entre os delitos, Moraes afirma que Allan dos Santos é um dos líderes de uma quadrilha responsável por ataques a instituições públicas, além de desacreditar do processo eleitoral, reforçar o discurso de polarização e gerar animosidade entre os brasileiros.
Segundo o ministro, Allan montou uma “verdadeira estrutura destinada à propagação de ataques”, cujo foco era voltado à CPI da Pandemia, fazendo oposição ao STF e ao Senado Federal.
Entre outros crimes apontados por Moras, estão lavagem de dinheiro, organização criminosa, calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
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