A Intolerância Religiosa está profundamente marcada pelo racismo. Isso porque, no Brasil, grande parte dos ataques de ódio tem como alvo pessoas e comunidades de terreiro, vinculadas às religiões de matriz africana.
Em 2021, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH) recebeu 586 denúncias de intolerância religiosa, um aumento de 141% em relação ao ano anterior, que teve 243.
A manicure Vivian Bruna Braes, de 38 anos, que é devota de São Jorge, foi vítima de uma tentativa de homicídio pelo simples fato de expressar a devoção ao santo. O caso ocorreu no dia 23 de abril, dia em que se celebra o santo guerreiro, mas só foi divulgado no último dia 15 deste mês pelo site UOL.
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Vivian passou algumas horas da tarde escutando músicas que remetiam a São Jorge e também a Exu para pedir proteção. Enquanto estava no portão de casa, em Macaé, norte do estado do Rio de Janeiro, um vizinho que "não queria ouvir músicas de macumba" resolveu agredi-la com golpes de facão, que acabaram pegando no olho da mulher. Ela ficou cega de um dos olhos.
Um inquérito foi aberto na Polícia Civil do Rio de Janeiro para apurar o caso.
Intolerância religiosa é crime e prevê pena de um mês a um ano ou multa. Se há violência, a pena é aumentada em um terço.
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