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TEMPOS DE FOME

Soro de leite é vendido a R$4,50; supermercado é notificado

Venda feita por supermercado foi duramente criticada nas redes sociais; supermercado em questão não se pronunciou

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Imagem ilustrativa da notícia Soro de leite é vendido a R$4,50; supermercado é notificado camera Foto repercutiu na internet e revoltou internautas | Reprodução/Internet

A venda de um produto em um supermercado, na cidade de São Paulo, tem chamado a atenção dos internautas e levantado uma séria discussão não apenas sobre o direito do consumidor, mas principalmente a condição financeira preocupante da maioria dos brasileiros que, depois de muito lutar contra os últimos reajustes, não têm vislumbrado outra alternativa, senão consumir os conhecidos derivados e arriscar a própria saúde.

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A situação em questão aconteceu depois que uma foto foi compartilhada nas redes sociais e mostra um produto, chamado soro de leite, sendo vendido a R$ 4,49 a caixa no supermercado Nagumo. A embalagem muito parecida com a do leite nada mais é do que uma sobra da produção de queijo. Esse líquido é o que sobra após a retirada da massa.

O soro de leite é utilizado como matéria-prima para produzir bebidas lácteas, além de outros leites de soja e suplementos proteicos. Infelizmente, tem sido cada vez mais comum vê-lo exposto nas prateleiras para substituir o próprio leite, que em alguns locais é vendido a R$ 10 o litro.

"O leite virou soro de leite. O iogurte virou mistura láctea. O pacote de 1 kg virou 900 g. Tudo diminuiu. O salário, o poder de compra, a qualidade de vida do povo. As únicas coisas que não diminuem são os preços, a inflação, e a fatura do cartão corporativo. O Brasil piorou", desabafou um internauta.

“Soro de leite sendo vendido como leite a quase R$ 5 o litro. Soro de leite, bicho. Um subproduto da fabricação de queijo. E quem vir falar que é um ‘produto’ rico em nutrientes estará sujeito a pedradas”, disparou outro.

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Diante da repercussão, o Procon notificou a fabricante do soro, a Nova Mix Industrial e Comercial de Alimentos - Quatá Alimentos. Ela tem até 14 de julho para prestar esclarecimentos. Enquanto o supermercado Nagumo, não se pronunciou.

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