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REPERCUSSÃO DA TRAGÉDIA

Mundo político reage a assassinato de petista no Paraná

Comemoração do aniversário de Marcelo Arruda com temática do PT terminou em troca de tiros com o policial penal bolsonarista Jorge Guaranho; os dois morreram.

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Imagem ilustrativa da notícia Mundo político reage a assassinato de petista no Paraná camera Marcelo Arruda, tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu (PR), comemorava aniversário de 50 anos. | (Foto: Reprodução das Redes Sociais)

Políticos e figuras públicas reagiram ao assassinato do militante petista Marcelo Arruda por um bolsonarista na noite de sábado (9), em Foz do Iguaçu, Paraná. Nomes como os pré-candidatos à Presidência Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) foram às redes sociais, neste domingo (10), para lamentar o ocorrido, assim como deputados, senadores e presidentes de partidos.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se solidarizou com os familiares e amigos do petista Marcelo Arruda e do bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho. Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) não comentaram o caso.

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O policial penal federal bolsonarista Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo, que tinha a tema a favor do PT, e ambos morreram após discussão e troca de tiros.

Segundo o boletim de ocorrência, Marcelo comemorava seu aniversário de 50 anos em festa temática a favor do PT quando Jorge José da Rocha Guaranho passou em frente ao local de carro e afirmou "aqui é Bolsonaro". Houve discussão e Guaranho disse que retornaria.

Segundo as testemunhas, Marcelo então foi ao seu carro e pegou sua arma. Depois, Guaranho retornou e houve troca de tiros.

Marcelo era guarda municipal e tesoureiro do partido.

Veja repercussão:

Luiz Inácio Lula da Silva - o ex-presidente afirmou que Marcelo "evitou uma tragédia maior" e pediu "compreensão e solidariedade" aos familiares de Guaranho.

"Nosso companheiro Marcelo Arruda comemorava o seu aniversário de 50 anos com a família e amigos, em paz, em Foz do Iguaçu. Filiado ao Partido dos Trabalhadores, sua festa tinha como tema o PT e a esperança no futuro; com a alegria de um pai que acabou de ter mais uma filha", escreveu.

"Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável."

Ciro Gomes (PDT) - "O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas", escreveu em rede social. "É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu."

Gleisi Hoffmann - em vídeo publicado em seu perfil no Twitter, a presidente nacional do PT criticou o crescimento da violência política no país e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Embalados por esse discurso de ódio de Bolsonaro e perigosamente armados pela política oficial dele, que estimula cotidianamente o enfrentamento, o conflito, o ataque e a eliminação de adversários, quaisquer pessoas ensandecidas por esse projeto de morte e destruição vem se transformando em agressores ou assassinos", diz Gleisi.

Randolfe Rodrigues - o senador escreveu em rede social que "a intolerância mata, acaba com famílias e faz o ódio vencer".

"Marcelo Arruda tinha 50 anos, deixou esposa e 4 filhos, entre eles um bebê de 1 mês. Essa intolerância que nos tirou duas vidas, na madrugada deste triste domingo, infelizmente se reforçou no Brasil nos últimos anos."

Simone Tebet - pré-candidata à Presidência pelo MDB, ela lamentou o ocorrido, se solidarizou com os familiares das duas vítimas e afirmou que "demonstrações de intolerância, ódio e violência política" não devem ser admitidas.

"Esse tipo de situação escancara de forma cruel e dramática o quão inaceitável é o acirramento da polarização política que avança sobre o Brasil. Esse tipo de conflito nos ameaça enormemente como sociedade. É contra isso que luto e continuarei lutando", afirmou em nota.

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