
Um sentimento de repúdio à intolerância política tomou conta do país neste domingo (10), por conta da tragédia ocorrida durante uma festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, no Paraná, na noite do último sábado (9), quando o petista Marcelo Arruda foi assassinado pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, que também acabou morrendo após a vítima reagir aos tiros.
Muitos famosos usaram as redes sociais para deixar suas mensagens de repúdio diante do crime motivado por divergências políticas. O apresentador Luciano Huck, por meio de seu perfil no Twitter, lamentou as mortes ocorridas no evento que estava sendo realizado para comemorar os 50 anos de Arruda, que era filiado ao PT. Huck afirmou que viver em uma sociedade democrática "exige tolerância, civilidade e respeito no dissenso".
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"Diante desta tragédia, só consigo pensar nas crianças que perderam os pais de um jeito tão brutal. Democracia exige tolerância, civilidade e respeito no dissenso. Quando antagonismos políticos matam, morre junto o ideal democrático. Até para discordar, precisamos saber ouvir. Sem isso, retrocedemos à barbárie. Temos a obrigação de entregar um Brasil melhor do que recebemos. E isso só será possível com diálogo, união e consenso", postou o apresentador da TV Globo.
A cantora Zélia Duncan também repudiou o crime e se refirou a Jorge José da Rocha como um "homem vazio de qualquer forma de pensar".
"O assassino apareceu na festa com a esposa e a filha... ameaçou, as deixou em algum lugar e voltou para completar o crime. Um 'homem de família', enfurecido e vazio de qualquer forma de pensar", escreveu a artista.
O episódio ocorrido na campanha de 2018, Jair Bolnaro - na época ainda candidato à presidência, defendeu que "a petralhada" fosse "fuzilada" foi lembrado pelos atores José de Abreu e Antonio Tabet. "O 'vamos fuzilar a petralhada' começou em Foz", comentou José de Abreu.
Antonio Tabet, por seu turno, acusou Jair Bolsonaro de fomentar "uma guerra armada" e qualificou a atitude do presidente como "Irresponsável". "A imprensa não pode passar mais pano. Basta! Dois pais morreram porque Bolsonaro - o presidente que sugeriu que a vacina causava Aids - fomenta uma guerra armada do bem (ele) contra o mal (todos com opiniões, religiões ou hábitos diferentes). Teremos guerra civil por um louco?", publicou em seu perfil no Twitter.
"Nenhuma violência se justifica. Mas não há paralelo. O presidente não pode dizer que 'vamos metralhar a petralhada'... sugerir que a vacina causa Aids... vender o ódio. Banalizamos a irresponsabilidade. A liturgia do cargo morreu. Nossos maiores exemplos são os piores exemplos", destacou.
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