“Não corrigir a tabela do Imposto de Renda é uma forma de aumentar o imposto para uma numerosa parcela da população”. Essa é a avaliação do presidente do Sindifisco Nacional, Isac Falcão. A observação pontua um detalhe que está pesando no bolso dos brasileiros nos últimos meses: a falta de correção da tabela do IR combinada com o aumento da inflação no Brasil.

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Na avaliação dos especialistas, em virtude dessa defasagem e do cenário atual, observa-se um aumento histórico da tributação sobre a população com menor poder aquisitivo. Em outras palavras, quem ganha pouco está pagando muito mais do que deveria. A conclusão é de um estudo feito pelo próprio Sindifisco Nacional.

Uma simulação feita pela entidade mostra que uma pessoa que recebe R$ 5.000, após deduções, paga atualmente R$ 505,64 de IR. Se toda a defasagem da tabela fosse corrigida, o valor cairia para R$ 24,73 - uma diferença de quase 2000%.

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Dessa forma, caso fosse feito o reajuste, apenas quem recebe mais do que R$ 4.670,23 ficaria obrigado a pagar o IR. Ou seja, mais de 12,75 milhões de brasileiros estariam isentos do pagamento. Enquanto isso, a isenção é aplicada apenas ao trabalhador que ganha até R$ 1.903,98.

Simulação feita pelo Sindifisco Nacional mostra quanto o trabalhador deveria, de fato, pagar no IR se a tabela fosse atualizada Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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