Os canais de comunicação por meio das mídias digitais ganharam destaque indiscutível desde a pandemia. Diante desse contexto, as modalidades de golpes e fraudes tambpém estão se diversificando cada vez mais rápido. Perfis falsos em redes sociais que enviam mensagens diretas, ligações telefônicas, mensagens de texto ou WhatsApp e outros aplicativos de mensagens fazem parte do arsenal dos estelionatários.
Uma dessas trapaças que tem se tornado corriqueira é a do chamado "golpe do falso motoboy", cujo exemplo mais recente resultou na prisão de dois homens acusados de estelionato, na última terça-feira (9), em Belém.
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Em seguida, solicita a senha do cartão e pede para que ele seja cortado, exceto o chip. Logo depois, comunica ao cliente que um motoboy está a caminho da residência para resgatar o cartão pessoalmente, o que permite o uso para compras.
De acordo com um mapeamento feito pelos bancos e pela polícia, tendo como base os relatos das vítimas, os principais alvos desse golpe são as pessoas que têm pouca familiaridade com o ambiente digital ou com o uso de aplicativos de Internet Banking, e que não costumam conferir regularmente seus extratos e informações bancárias online.
Mecânica do golpe
Este tipo de fraude começa com uma ligação telefônica de um falso atendente de banco, por isso é importante estar atento para jamais fornecer dados bancários por telefone. Caso precise acionar o banco, ligue você mesmo para um número de contato já conhecido.
Geralmente, os criminosos adquirem ilegalmente os dados da vítima, como nome completo, telefone e instituição bancária, por meio da prática do phishing. Em seguida, os golpistas fazem o primeiro contato com uma ligação telefônica.
No outro lado da linha está um falso atendente do banco. Inicialmente, ele informa que a ligação tem apenas o objetivo de confirmar a realização de compras com o cartão de crédito do suposto cliente. Assustada, a vítima nega ter feito as transações de compra e, naturalmente, pede que a operação seja cancelada.
O atendente finge atender o pedido, mas informa que o cartão deve ter sido clonado e que, por esse motivo, a melhor solução é inutilizá-lo. É nesse momento que ele pede que a vítima digite a senha e corte o cartão ao meio.
A conclusão do golpe se efetua quando o falso funcionário comunica a vítima de que ela terá que entregar o cartão para a realização de uma perícia policial. Assim, ele solicita o endereço residencial e informa que um motoboy está sendo enviado para o local.
A vítima entrega o cartão cortado em duas partes, mas ainda legível e com o chip intacto, o que ainda permite a realização de compras e transações financeiras. Quando a vítima percebe o golpe, os criminosos já efetuaram compras até o limite de crédito.
Como se proteger do "Golpe do falso Motoboy"
De acordo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a regra geral para não cair em fraudes digitais é desconfiar sempre de ofertas recebidas com promoções imperdíveis, alertas sobre questões urgentes e outras artimanhas utilizadas para convencer as vítimas.
Confira os métodos usados pelos criminosos para você seus dados sem saber:
a) Clicar em um link desconhecido (phising);
b) Passar informações e dados pessoais e bancários por telefone (falso atendente);
c) Pagar um boleto adulterado (falso boleto);
d) Entregar o cartão a desconhecidos, como é o caso do golpe do falso motoboy.
Neste específico, os bancos recomendam três pontos de atenção:
1 - As instituições bancárias nunca recolhem os cartões, em nenhuma hipótese, nem mesmo os cartões vencidos ou inutilizados.
2 - Caso você precise se desfazer de um cartão, certifique-se de destruir o cartão cortando o chip ao meio. Não dê essa tarefa a outra pessoa, faça você mesmo.
3 - Os atendentes de bancos não solicitam senhas ou código do dispositivo de segurança em ligações. A recomendação é não fornecer e nem digitar no teclado do telefone.
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