Embora as pinturas de Tarsila do Amaral roubadas num dos mais impressionantes escândalos da arte nacional estejam entre as mais importantes de sua produção, os valores atribuídos a ela e divulgados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro são exagerados. É o que diz Gustavo Perino, especialista em perícia de obras de arte e fundador da Givoa Art Consulting.
Os valores de R$ 300 milhões por "O Sono", R$ 250 milhões por "Sol Poente", e "Pont Neuf", de R$ 150 milhões, foram estabelecidos pelo perito Nilton Taumaturgo, do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, em uma avaliação preliminar. "Posteriormente, será feita uma avaliação mais complexa laboratorial. É incontestável que as obras são verdadeiras. Apenas uma obra está com a moldura danificada", ele afirmou.
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Gustavo diz que R$ 200 milhões seria, por exemplo, o valor da atual apólice de seguro de "Abaporu", talvez a obra mais importante da artista e uma das joias do Malba, o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires.
“É claro que o valor de uma apólice não reflete necessariamente o valor de uma obra no mercado”, ressalta o especialista – “ele pode, por exemplo, ser ainda um valor declarado ou acordado entre as partes. Além disso, o valor estimado sempre é calculado a partir de preços registrados em leilões, em geral mais baixos do que aqueles de transações particulares”, esclarece.
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