A Polícia Civil de Minas Gerais investiga a morte de ao menos 9 cachorros, que teriam passado mal após consumirem petiscos da marca Bassar. Sete casos ocorreram em Belo Horizonte e dois em São Paulo. Outros seis cães precisaram ser internados para tratar dos problemas de saúde causados pela ingestão do produto.
Um desses animais, a cadelinha Mallu, acabo não resistindo e morreu na última terça-feira, em Belo Horizonte. A cachorrinha, que estava internada desde 22 de agosto, também sofreu uma intoxicação alimentar após ingerir o petisco.
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Se dizendo revoltada com a situação, a tutora Amanda Carmo denunciou o caso às autoridades policiais e espera que os responsáveis sejam identificados e punidos. Segundo o laudo preliminar emitido pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, ao menos um dos cães foi intoxicado pela substância monoetilenoglicol.
Amanda confirmou que a cadela ingeriu o petisco várias vezes antes de passar mal e precisar ser internada. O que aconteceu no dia 21 de agosto, quando foi dada uma porção um pouco maior e Mallu começou a apresentar os sintomas - muita sede, chegando a esvaziar duas vasilhas de água, e logo em seguida fazendo xixi em excesso. Alguns minutos depois, a cadelinha passou a apresentar tremores, vômito e diarreia.
“No dia seguinte levamos Malu até o veterinário e ela ficou internada até o final daquela semana”, recordou Amanda, que ao notar que os sintomas persistiam decidiu levar o bichinho de estimação novamente ao atendimento veterinário.
“Levei Mallu na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e ela foi submetida a fazer novos exames, hemogramas e ultrassom. Um inchaço no abdômen foi constatado e comprovada a alteração nos órgãos. Ureia e creatina estavam bem alterados”, destacou a tutora. “Mallu chegou a fazer duas transfusões de sangue, vários exames e hemodiálises. Até começou a apresentar melhora, mas teve nova piora e morreu às 4h35 (da última terça). Ela estava comigo há cinco anos”.
Denúncia
Após a morte da cadelinha, Amanda foi até uma delegacia da Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência. Ela entregou a embalagem com os petiscos suspeitos de contaminação por monoetilenoglicol, enquanto o corpo de Mallu foi encaminhado para a necropsia na própria UFMG.
De acordo com a tutora, o tratamento da cadelinha custou aproximadamente R$ 14 mil. “Estou correndo atrás nem é pelo financeiro, pois a queria viva. Só que o emocional da gente fica afetado demais. Noites sem dormir à espera de notícia. Meu coração ficou despedaçado ao vê-la”, enfatizou.
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