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FEMINICÍDIO

Antes de ser morta, ex de PM disse que foi forçada a abortar

O soldado da PM, Dyegho Henrique Almeida da Silva, forçou duas vezes um aborto na ex-companheira quando estavam mantendo relações sexuais

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Imagem ilustrativa da notícia Antes de ser morta, ex de PM disse que foi forçada a abortar camera Dyegho matou a namorada após fazê-la refém por mais de três horas. Em seguida, tirou a própria vida | Divulgação

O soldado da Polícia Militar, Dyegho Henrique Almeida da Silva, atirou oito vezes em direção ao carro da ex-mulher, Franciele Correia e Silva, em Curitiba (PR) no final da tarde de ontem (13). Após os disparos, ele entrou no veículo e fez a ex de refém, que morreu depois de ter passado mais de três horas na mira do militar; ele cometeu suicídio em seguida.

O segundo caso de feminicídio em menos de dois dias gera revoltas e se intensifica diante da triste revelação: a vítima, de apenas 28 anos, já teria denunciado Dyegho Henrique Almeida da Silva teria lhe aplicado um medicamento abortivo dias antes do crime. As informações são do UOL, que teve acesso ao boletim de ocorrência.

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Dyegho forçou aborto durante o sexo

“Ressalta que no ano passado a vítima engravidou do noticiado que, quando ficou sabendo, começou a insistir para ela abortar. Quando a vítima estava com dois meses de gravidez, o noticiado colocou misoprostol, vulgo Citotec, na vagina da vítima durante um ato sexual, alegando ser uma bolinha lubrificante", diz o boletim de ocorrência.

Ainda segundo o documento, a vítima, que sempre tomava banho após manter relações, estranhou não somente ter sido impedida pelo militar de ir para o chuveiro, como notou um produto branco em seu interior. “Ao questionar Dyegho, ele confessou ser Citotec e pediu desculpas”, relatou Franciele no BO.

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Nesse dia, os dois brigaram e o PM foi embora de casa, insistindo no aborto. Franciele se negava e decidiu ter o bebê.

Criança morre prematura

Em março desse ano, Franciele saiu para comprar móveis do quarto da bebê, quando Dyegho pediu para conversar. No boletim, a vítima detalha que contou com a ajuda do soldado para montar o berço e que no mesmo dia os dois mantiveram relações, quando o militar, mais uma vez, fez uso de uma caixa da falsa bolinha lubrificante.

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“Após a relação, a vítima começou com dor e sangramento. Em contato com a obstetra, foi de Uber para o Hospital Santa Brígida, vindo a criança a nascer na frente do hospital, dentro do Uber. Dia 23 de março de 2022 a criança nasceu prematura e sobreviveu apenas 4 dias”, descreve o BO.

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